"Infância Clandestina" é o candidato argentino ao Oscar de filme estrangeiro
O filme "Infância Clandestina", que conta com direção de Benjamín Ávila e aborda o drama dos cidadãos desaparecidos na ditadura através do olhar de uma criança, foi selecionado nesta sexta (28) pela Academia de Cinema e Arte Audiovisual da Argentina como candidato à indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. O filme está na seleção do Festival do Rio 2012 e será exibido no dia 7 de outubro, às 19h15, no Cine Odeon.
O longa, protagonizado pela atriz uruguaia Natalia Oreiro e pelo argentino Ernesto Alterio, se impôs sobre "O Último Elvis", de Armando Bo, por apenas um voto. Os brasileiros Mayana Neiva e Douglas Simon estão no elenco. Há ainda a participação especial de Cristina Banegas e apresentação de Teo Gutierrez Moreno, no papel do menino Juan.
Centrado na história de uma criança de 12 anos, filho de um casal que milita na organização guerrilheira esquerdista Montoneiros, o filme se passa durante a última ditadura militar argentina, entre os anos 1976-1983. O longa-metragem é uma co-produção da brasileira Academia de Filmes com as argentinas Historias Cinematográficas (de Luis Puenzo) e Habitación 1520 e a espanhola Antártida.
"Graças a esse voto a mais que tivemos. Estava muito contente com a recepção do público e sabíamos que o filme era capaz de agradar as pessoas, mas nunca se sabe essas coisas", declarou Benjamín Ávila após conhecer a decisão da Academia de Cinema e Arte Audiovisual da Argentina, presidida pelo diretor Juan José Campanella.
O argumento é "baseado em feitos reais, mas não é autobiográfico", explicou Ávila, que aborda neste filme parte de sua experiência pessoal como filho de militantes e neto "recuperado" pelas Avós da Praça de Maio.
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