Kylie Minogue diz durante Festival do Rio que a "matariam se não gravasse outro disco"
Quando a coletiva de imprensa terminou, a estrela Kylie Minogue foi cercada pelos fãs que furaram o bloqueio dos seguranças, pedindo fotos e autógrafos. “As pessoas aqui me matariam se eu não fizesse outro disco”, declarou a popstar australiana, afastando a possibilidade de deixar a carreira de cantora de lado por um tempo para se dedicar a ser atriz. Kylie está no Brasil para promover “Holy Motors”, filme do francês Leos Carax que integra a seleção do Festival do Rio.
No longa, uma ficção científica sem efeitos especiais em que o protagonista Oscar (Denis Lavant) passeia por várias vidas paralelas, Kylie tem um papel pequeno, mas fundamental dentro da trama complexa. “Quando eu recebi o roteiro, eu não sabia o que exatamente era a personagem. Fiquei confusa. Mas imaginei como seria viver outras vidas”, explicou. A cantora viu o filme finalizado no Festival de Cannes, em maio: “fiquei aterrorizada. Achei que minha cabeça iria explodir”.
Carax afirma que o filme não foi planejado. “Estava tentando fazer outros filmes, maiores, mas não conseguia. Estava com raiva. Esse filme brotou do nada. Resolvi fazer uma homenagem a todos os gêneros do cinema”, definiu o autor de “Os Amantes da Pont-Neuf” e “Sangue Ruim”, que desde 1999 não lançava um novo longa-metragem.
Esta é a terceira visita de Kylie ao Brasil. Ela esteve no Rio, em 1992, e em São Paulo, em 2008, para se apresentar como cantora. Desta vez, o compromisso é com o cinema. Além de “Holy Motors”, ela faz a divulgação do longa “Jack e Diane”, que também será exibido no festival. “As pessoas me perguntam se eu prefiro ser cantora ou atriz. Eu realmente não sei responder. Eu adoro estar num set, mas acho complicado manter as duas carreiras”, disse.
Apesar de ter ficado conhecida mundialmente por seus hits dançantes, Kylie Minogue foi lançada no mundo artístico como atriz de novelas australianas. Num intervalo de 23 anos, ele só aceitou pequenos papéis em filmes como “Street Fighter” e “Moulin Rouge!”.
Já Carax, que refuta ser chamado de cinéfilo, afirmou que se encontrou no cinema: “Achei meu país, meu lugar, minha ilha onde eu decidi ficar”. Sobre a escolha de Kylie para o papel, o diretor afirmou precisava de uma atriz que pudesse cantar e que uma amiga em comum, a também cineasta Claire Denis, apresentou os dois.
Em “Holy Motors”, a australiana pode equilibrar talentos. Na longa sequência em que contracena com Denis Lavant, Kylie também solta a voz. A classuda “Who Were We?” foi composta especialmente para o filme. Mas o diretor também prega uma pegadinha para os fãs da cantora, que vão ouvir um de seus maiores sucessos numa cena em que ela nem aparece na tela.
Antes de voltar para casa, Kylie tem pelo menos um último compromisso profissional no Rio, a estreia de “Holy Motors” no festival, na noite desta terça-feira (2), no Cine Odeon. “Ainda não sei o que vou fazer depois. Eu nem acredito que estou aqui”, disse empolgada.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.