"O Palhaço" é "projeto iluminado", diz Selton Mello no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro
“O Palhaço é um projeto iluminado, tudo conspirou a favor”, disse Selton Mello que atuou e protagonizou o filme escolhido como o melhor longa ficção na 11ª edição do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro anunciado, na noite desta segunda-feira (15). Veja lista completa aqui.
A entrega do troféu Grande Otelo foi feita no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com transmissão pela televisão no Canal Brasil.
Este é o segundo filme que Selton Mello dirigiu e que foi indicado para representar o Brasil na disputa pelo Oscar 2013. A produção de R$ 6 milhões conquistou uma bilheteria de 1,5 milhão de espectadores e agora entra na disputa por cinco vagas para ser nomeado na categoria de melhor produção estrangeira na 85ª edição do prêmio organizado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, em fevereiro do próximo ano.
Para o diretor, co-roteirista e protagonista, o filme que esteve indicado em 13 categorias no Oscar brasileiro, e foi eleito em 12 delas, subir tantas vezes no palco do Theatro Municipal para receber os prêmios foi uma forma de celebrar o cinema que, para ele, se assemelha a um “circo”.
“É um filme de afeto e a força dele está aí. Através dos olhos de um palhaço, eu homenageio o ator, o picadeiro como um palco. Me sinto bem feliz com tanta indicação. É um filme muito querido pelo público e sensível, que emociona, mas também faz pensar. O Palhaço pode falar de coisas universais, muita gente se identificou.”, disse Selton à imprensa minutos após o prêmio.
“Tarefa árdua” representar o Brasil no Oscar, diz Selton
Para Selton, representar o Brasil no Oscar é uma “tarefa árdua” conseguir entrar entre os cinco nomeados num universo de mais de 70 filmes. “A gente vai fazer uma campanha e exibir o filme para a crítica, formadores de opinião e membros da academia. Já estou achando um lucro poder mostrar meu trabalho para gente que nem sabe quem eu sou. Só de poder ir para lá e ter meu filme criticado por amantes do cinema, já é um grande passo pra mim. A gente está lá pequenininho em meio a produções que custaram 30 milhões de euros”, ressaltou Selton.
“O Palhaço” contou com Paulo José no elenco que venceu na categoria de melhor coadjuvante. Ele viveu Valdemar na ficção dirigida por Selton Mello e foi aplaudido de pé pelo público que estava no Theatro Municipal.
“Foi uma surpresa. O filme 'O Palhaço' teve tanta aceitação por parte do público. Foi um filme com uma produção de primeira. Deu muito prazer", pronunciou Paulo José que subiu ao palco aplaudido para receber o prêmio com a ajuda de uma bengala.
O filme "O Palhaço" foi o grande vencedor da noite de entrega do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro faturando 12 das 13 categorias nas quais concorreu. O longa foi o escolhido na categoria Melhor Longa Ficção tanto pelo júri da premiação como pelo voto popular. Já o ator e diretor Selton Mello também venceu nas categorias Melhor Ator e Melhor Direção. O filme faturou outras sete categorias: Melhor Trilha Original, Figurino, Maquiagem, Direção de Arte, Direção de Fotografia e Montagem e Melhor Ator Coadjuvante, destinado ao ator Paulo José.
“Foi uma personagem que mudou a minha vida", diz Secco ao falar da Surfistinha
Já Deborah Secco foi eleita melhor atriz ao protagonizar a garota de programa em “Bruna Surfistinha”.
“Foi uma personagem que mudou a minha vida em muitos sentidos. Fazer cinema, é uma família e despir de qualquer preconceito. Foi uma delícia fazer a Bruna Surfistinha, um mergulho intenso, difícil mas tão bom”, disse Secco.
A atriz concorreu nesta categoria com Alinne Moraes em “O Homem do Futuro”, Débora Falabella em “Manuela por Meu País”, Leandra Leal por “Estamos Juntos” e Simone Spoladore em “Elvis e Madona”.
“Eu vim pronta para não ganhar sabendo que estava concorrendo com grandes atrizes, amigas e pessoas que vivem essa arte tão intensamente quanto eu. A Bruna mudou a minha vida, passei a ter outros anseios e a atuar de outras maneiras”, destacou a atriz.
Além da estatueta para Deborah Secco, "Bruna Surfistinha" também garantiu estatuetas por conta do trabalho de Drica Moraes, vencedora do prêmio de melhor atriz coadjuvante, e do trio Antonia Pellegrino, Homero Olivetto e José Carvalho, responsável pela vitória na categoria melhor roteiro adaptado.
No texto do filme baseado na obra "O Doce Veneno do Escorpião", escrito pela própria Bruna Surfistinha, Drica Moraes viveu a cafetina Larissa na ficção.
"Fiz esse filme com um restinho de força que ainda tinha (antes de iniciar o tratamento de câncer). Agradeço profundamente à equipe. É um filme muito gostoso de ter feito", afirmou Drica.
Cacá Diegues é homenageado
O realizador Cacá Diegues, 70, que completa 50 anos de carreira em 2012, foi o homenageado da noite no 11º Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, considerado o Oscar do cinema nacional.
“Eu achava que era ainda novinho demais para ganhar um prêmio desse. Esse é um prêmio dado pelos meus colegas cineastas, é um reconhecimento importante para mim”, disse Diegues, um dos nomes mais importantes do cinema brasileiro desde o período do Cinema Novo.
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