"Vai ser o Gonzaga contra o vampiro e o 007", diz diretor de filme sobre o sanfoneiro
O diretor Breno Silveira, que assina "Gonzaga - de Pai para Filho", espera conquistar os espectadores para seu novo filme com o mesmo "boca a boca" que funcionou para divulgar suas produções anteriores. Ciente da disputa por espaço com longas estrangeiros, o cineasta pede apenas que deixem o filme em cartaz por tempo suficiente para a estratégia funcionar. "Vai ser o Gonzaga contra o vampiro e o 007", disse durante coletiva realizada no Shopping Eldorado nesta terça-feira (16).
Responsável por duas produções que propõem um retrato do Brasil como "Dois Filhos de Francisco" e "À Beira do Caminho", Silveira ainda mantém o interesse por histórias sobre o país. "Sempre quis fazer isso", afirmou. "Basta que seja uma história boa e que mostre um pouco deste lugar."
No caso de "Gonzaga", o projeto nasceu quando o músico Daniel Gonzaga procurou a produtora Márcia Braga para tentar conhecer um pouco mais sobre a história do pai, morto em 1991. O filme conta como a história de Gonzaguinha e "Gonzagão" se misturam, tanto pelo amor pela música como pelas diferenças políticas e pelo distanciamento entre pai e filho. A data de estreia prevista é 26 de outubro, mesmo dia que o Brasil recebe o badalado "007 - Operação Skyfall".
Mas o que comoveu o diretor a contar a relação de Gonzaguinha com o pai foi escutar as gravações do filho com o Rei do Baião. "A escolha do Gonzaga foi muito mais em respeito a essa história do que qualquer outra coisa", disse Breno, descartando ter optado por contar a trajetória do sanfoneiro simplesmente por ser um personagem popular.
Cinema brasileiro
Ao comentar sobre como o ano de 2012 foi ruim para os filmes brasileiros, Silveira lamenta ter lançado "Gonzaga" em uma temporada de tão baixa bilheteria e audiência para produções nacionais. "Eu queria muito recuperar nosso púlbico. Acho importante filmes que falem da gente, que façam as pazes com o espectador", defendeu o cineasta.
Mesmo preocupado com o fraco desempenho do cinema brasileiro neste ano, Silveira reforçou não querer baixar o nível, apesar do gosto pelo popular. Para o diretor, porém, aquilo que o povo gosta não se confunde com queda na qualidade. "Parece que estamos ganhando público, mas na verdade estamos perdendo ele", disse o cineasta, comentando o sucesso das comédias brasileiras mais recentes.
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