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Documentário sobre a novela "Roque Santeiro" vale a pena pelos depoimentos

Betty Faria e Lima Duarte em cena da novela "Roque Santeiro" (1975) - Divulgação/TV Globo
Betty Faria e Lima Duarte em cena da novela "Roque Santeiro" (1975) Imagem: Divulgação/TV Globo

James Cimino

Do UOL, em São Paulo

23/10/2012 21h25

Quem tiver curiosidade de saber tudo o que aconteceu por trás da produção da novela “Roque Santeiro”, um dos maiores sucessos da TV Globo, não pode perder o documentário “A Arte de Interpretar - a Saga da Novela Roque Santeiro”, que está em cartaz na 36ª Mostra de Cinema Internacional de São Paulo.

Dirigido pela jornalista  e documentarista iniciante Lúcia Abreu, o filme reúne entrevistas com os atores, diretores e técnicos que trabalharam na produção, desde que a novela foi censurada a primeira vez em 1975 até sua conclusão em 1985, quando se tornou uma campeã de audiência.

O filme, no entanto, não aprofunda a discussão da censura à trama, mas apresenta ao espectador, por meio de depoimentos emocionados e detalhados de Lima e Regina Duarte, Betty Faria (que seria a viúva Porcina na versão censurada), Boni, Marcos Paulo e outros sobre a trilha sonora, a caracterização da viúva (que acabou virando moda) e até o bordão “Tô certo ou tô errado”, imortalizado pelo personagem Sinhozinho Malta.

O depoimento de Lima Duarte é um dos mais emocionados. O ator relata de onde tirou sua inspiração para o figurino de Sinhozinho e de como, em determinados momentos, impunha ações ao personagem para que ele ficasse crível.

“Tinha uma cena em que ele tomava um tapa do Roque e eu disse: ‘Ele não vai tomar esse tapa quieto. Ele vai atirar no Roque. Claro que não vai matar senão acaba a novela, mas o público não ia aceitar que um homem como Sinhozinho apanhasse assim. O público sabe quando a gente está sendo verdadeiro e quando está só querendo fazer graça.”

A próxima sessão de “A Arte de Interpretar” será nesta quarta-feira (24), às 14h, na sala 4 do Espaço Itaú de Cinema do shopping Frei Caneca.