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Ator alemão que integra júri da Mostra de Cinema diz que Brasil tem pessoas fascinantes

Burghart Klaußner em cena do filme "Invasion" - Divulgação
Burghart Klaußner em cena do filme "Invasion" Imagem: Divulgação

Chico Fireman

Especial para o UOL, em São Paulo

27/10/2012 11h36

A primeira imagem que temos de Burghart Klaußner é a do pastor rigoroso que impõe medo a seus filhos em “A Fita Branca”, de Michael Haneke, mas o ator alemão de 65 anos não tem tanto em comum com seu personagem mais conhecido. Klaußner está no Brasil para integrar o júri internacional da 36ª edição da Mostra de Cinema de São Paulo, que exibe um de seus mais recentes trabalhos, o longa “Invasion”, dirigido por Dito Tsintsadze.

No filme, o ator interpreta um homem que recentemente perdeu a mulher e que vê, inerte, a casa ser ocupada por pessoas que se dizem parentes dela. Um personagem frágil, que mostra sua versatilidade como intérprete. Klaußner conversou com o UOL em sua passagem pelo Brasil.

Esta é sua primeira visita ao Brasil?
Sim!

O que você espera do país e de sua participação na Mostra?
Vai ser um encontro interessante com uma cultura que me é muito pouco conhecida, mas que imagino que tenha pessoas fascinantes.

Você conhece alguma coisa do cinema brasileiro?
Infelizmente, eu ainda não tive a chance de ver muitos filmes brasileiros até agora, mas eu estou correndo atrás para mudar isso já.

Em “Invasion”, seu personagem é um um homem que vira uma espécie de “refém” em sua própria casa. O que você acha dele?
Eu e divido com ele a experiência de não defender nossa liberdade individual quando isso é necessário.

Como foi sua experiência ao trabalhar com Michael Haneke em “A Fita Branca”?
O trabalho com ele foi exatamente como deveria ser: muito concentrado, com muita seriedade - o que não quer dizer que não demos boas risadas - e ele é um diretor que sabe ir direto ao ponto.

Você tem um dos papéis principais no filme, um pastor muito rígido. Como você o enxerga?
Ele é um pai amoroso com ideias erradas de como educar seus filhos. Ideias que terminam causando mal a elas e a seus descendentes.

Qual vai ser seu próximo projeto? O que podemos esperar dele?
Eu vou aparecer num filme de família chamado “Nono and Zigzag Kid”, baseado no livro de David Grossman.