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Diretor de "Quem Quer Ser um Milionário", Danny Boyle, diz que 3D é apenas uma "fase"

O cineasta Danny Boyle em janeiro de 2010 - Getty Images
O cineasta Danny Boyle em janeiro de 2010 Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo

25/03/2013 13h35

Filmes 3D não são nada além de uma “fase”, acredita o diretor Danny Boyle, ganhador do Oscar por "Quem Quer Ser um Milionário" (2008).

O diretor britânico, homenageado com o prêmio de Notável Contribuição no Empire Awards, na noite de domingo, afirmou ao site do jornal “The Guardian” que ele não é um fã do formato e tem duvidas de até quando ela vai sobreviver.

“Eu não uso 3D. Eu uso óculos, então odeio ir aos filmes em 3D porque você tem que usar dois pares de óculos, o que faz você se sentir um idiota em dobro”, brincou Boyle.

O diretor de “Trainspotting”, “127 Horas” e “Quem Quer Ser um Milionário”, porém, admitiu que existe um “trabalho extraordinário” sendo realizado com o formato, e citou o “As Aventuras de Pi”, de Ang Lee – que venceu na categoria Melhor Diretor do Oscar 2013.

Mesmo com o elogio, Danny Boyle ponderou que há inovações sonoras, “particularmente o Dolby Atmos”, que é equivalente aos efeitos visuais do tridimensional. “Com isso, eu não sei se o 3D vai sobreviver, para ser honesto... Acho que pode ser uma fase”, disse.

Com os comentários, o diretor se opõe a cineastas como James Cameron, que abraçou a ferramenta como um messiânico em “Avatar”, e outros autorais como os alemães Win Wenders e Werner Herzog, que usaram e abusaram da ferramenta em seus respectivos documentários, “Pina” e “A Caverna dos Sonhos Esquecidos”.