Com cena de estupro, "Bonitinha, Mas Ordinária" consegue censura de 16 anos; veja teaser
O filme "Bonitinha, Mas Ordinária", dirigido por Moacyr Góes e adaptado da peça homônima de Nelson Rodrigues, conseguiu reduzir a classificação indicativa de 18 para 16 anos, apesar de apresentar um estupro.
A trama da peça original gira em torno do dilema de Edgard (interpretado por João Miguel), que se divide entre ficar com sua vizinha Ritinha (Leandra Leal), de quem gosta, ou aceitar a proposta de casar com a garota Maria Cecília, filha do patrão (Letícia Colin) de Edgard, para salvar a honra da menina, que havia sido estuprada por cinco negros.
A produtora Diler & Associados disse ao UOL que a classificação indicativa foi reduzida porque o Ministério da Justiça considerou que no filme, assim como na peça de Nelson, o estupro foi consensual, fruto da imaginação e desejo escuso de Maria Cecília.
"O mais importante do filme diz respeito ao próprio texto 'Bonitinha, Mas Ordinária', que aborda o questionamento moral dos personagens a partir da desvalia sobre a ética. Não é um filme sobre estupro. A classificação indicativa foi reduzida considerando este ponto", explicou a produtora por e-mail. "O entendimento sobre o que seria o estupro ocorre em três diferentes momentos: no início do filme, depois através da imaginação e desejo escuso da personagem Maria Cecília, e já no final existe outro relato a partir do viés do cunhado".
"Bonitinha, Mas Ordinária" já teve duas outras adaptações para o cinema: em 1963, dirigido por Billy Davis, com roteiro de Jorge Dória e Nelson Rodrigues e estrelado por Jece Valadão e Odete Lara; e em 1981, com direção de Braz Chediak e estrelado por Lucélia Santos, José Wilker e Vera Fischer.
Veja abaixo um teaser exclusivo do filme, que estreia no dia 24 de maio.
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