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Curtas de Cannes: Wes Anderson, Mike Leigh e Terrence Malick já são esperados para a edição de 2014

Wes Anderson abriu a edição 2012 com "Moonrise Kingdom" - AFP Photo/Valery Hache
Wes Anderson abriu a edição 2012 com "Moonrise Kingdom" Imagem: AFP Photo/Valery Hache

Thiago Stivaletti

Do UOL, de Cannes (França)

24/05/2013 08h52

Com a edição 2013 na reta final – e uma competição até agora decepcionante –, cresce a lista dos diretores aguardados para a disputa pela Palma de Ouro em 2014.

Wes Anderson, que abriu a edição 2012 com “Moonrise Kingdom”, deve retornar com “The Grand Budapest Hotel”, filme que reúne um elenco ainda maior que o anterior: Willem Dafoe, Harvey Keitel, Jude Law, Edward Norton, Adrien Brody, Owen Wilson e Tilda Swinton são apenas alguns dos nomes envolvidos.

No páreo estão ainda o britânico Mike Leigh (“Segredos e Mentiras”) com “Turner”, cinebiografia do pintor britânico; Terrence Malick com o enigmático “Knight of Cups”, com Natalie Portman e Christian Bale; Paul Thomas Anderson (de “O Mestre”) com “Vício Inerente”, baseado num livro de Thomas Pynchon com Sean Penn e Joaquin Phoenix; o dinamarquês Thomas Vinterberg com “The Community”; e o francês Alain Resnais, ativíssimo aos 91 anos, com “Aimer, boire et chanter” (Amar, beber e cantar).

Godard em 3D
A Semana da Crítica, uma das principais mostras paralelas do festival, encerrou na última quinta com a exibição de “3 x 3D”, no qual três diretores experimentam pela primeira vez o formato em três dimensões: o francês Jean-Luc Godard (“Acossado”, “Filme-Socialismo”), o inglês Peter Greenaway (“O Livro de Cabeceira”) e o português Edgar Pêra (“O Barão”).

Apesar de usar pouco o 3D, o de Godard é o mais interessante, seguindo a mesma montagem ensaística dos seus últimos filmes e de “História(s) do Cinema”. Uma de suas indagações é como o homem, depois de viver em três dimensões durante tanto tempo, criou o cinema em duas dimensões e agora se encanta ao voltar para as mesmas três dimensões em que sempre viveu. Godard segue fascinante e interessante.

Italiano papa-prêmio
“Salvo”, primeiro filme dos italianos Fabio Grassadonia e Antonio Piazza, levou dois dos maiores prêmios da Semana da Crítica – o do júri Nespresso, presidido pelo português Miguel Gomes (“Tabu”) – e o do júri Revelação France 4, presidido pela diretora francesa Mia Hansen-Love.

O filme conta a história de um membro da máfia siciliana que precisa matar um homem, mas depois sente-se responsável pela irmã da vítima, uma moça cega, e a toma sob sua proteção, começando com ela uma estranha relaçãode amor.

O canadense “Le Démantelement” (O desmantelamento), de Sebastien Pilotte, sobre um homem de mais de 70 anos que decide vender sua fazenda para ajudar financeiramente uma das filhas, levou o Prêmio SACD, a Sociedade dos Autores da França.