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Versão caseira de "Django Livre" traz extras sobre treino com cavalos

Do UOL, em São Paulo

07/08/2013 06h00

Filme mais bem-sucedido da carreira de Quentin Tarantino (rendeu US$ 423 milhões em todo o mundo), "Django Livre" chega nesta quarta (7) às lojas nos formatos DVD, Blu-ray e digital.

A versão caseira do filme, que rendeu dois Oscar e dois Globos de Ouro, traz nos extras um pequeno documentário sobre as locações usadas no filme ("Em Memória de J. Michael Riva: O Design de Produção de Django Livre"), que também é uma homenagem ao designer de produção de "Django", que morreu pouco depois de concluídas as filmagens, em 2012.

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  • Arte/UOL

A versão em Blu-ray traz também um interessante making of, "Reimaginando o Western Spaghetti: Os Cavalos & Acrobacias de Django Livre", em que Tarantino, Jamie Foxx, Christopher Waltz e a equipe de dublês contam como foi trabalhar com os cavalos que aparecem no filme e como treinaram para parecerem exímios atiradores.

"Dá para fazer coisas incríveis com cavalos. Mas você precisa de tempo para treiná-los para conseguir fazer sem que eles se machuquem", conta o diretor em entrevista. Segundo o chefe dos dublês, a cena em que membros da Ku Klux Klan tentam atacar Djando (Foxx) e o dr. Schultz (Waltz) precisou de meses de ensaios para que 37 cavalos descessem uma colina e quase metade deles caíssem depois de uma explosão.

O Blu-ray traz ainda imagens e entrevistas de bastidores sobre os figurinos desenhados por Sharen Davis.

O filme

Depois de mostrar sua versão de gêneros como filmes de guerra ("Bastardos Inglórios"), de artes marciais ("Kill Bill") e de terror B ("À Prova de Morte"), Quentin Tarantino homenageia o faroeste em sua mais recente produção. Mais especificamente o faroeste espaguete, subgênero mais violento, desenvolvido principalmente na Itália, em que o herói (ou anti-herói) é movido por motivos menos nobres, como vingança e fortuna.

Em "Django Livre", o escravo Django é resgatado pelo caçador de recompensas dr. Schultz, que procura três ex-feitores da fazenda a que ele pertencia. Em troca de ajuda na caçada a alguns dos fugitivos mais procurados do Texas, Schultz promete libertar Django e ajudá-lo a encontrar sua mulher, Broomhilda (Kerry Washington, de "As Mil Palavras"). A busca leva os dois até Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), um fazendeiro do Mississipi aficionado por Mandingo --espécie de luta livre até a morte entre escravos--, que pode ser a chave para encontrar Broomhilda.

O nome do anti-herói de Tarantino é uma referência a "Django" (1966), filme de Sergio Corbucci estrelado por Franco Nero, que faz uma participação especial na produção. O faroeste espaguete --um dos mais influentes do gênero, ao lado dos filmes de Sergio Leone--também é lembrado por meio de sua música-tema, que abre o longa de Tarantino, e em uma cena hilária, que satiriza um grupo de membros do Ku Klux Klan e ressoa a famosa sequência em que o Django de Nero enfrenta membros da organização racista usando a metralhadora que guarda em um caixão.

Ainda que a violência apareça no nível característico dos filmes de Tarantino, para Jamie Foxx, "Django Livre" é um filme de amor. "Acho que é de amor. Quando falam em vingança, eu nunca vi assim. A vingança é mesquinha", afirma o ator em vídeo sobre o filme (assista abaixo).

Jamie Foxx diz que "Django Livre" é um filme de amor


DVD E BLU-RAY DE "DJANGO LIVRE"
Ano: 2012
Gênero: Faroeste
Diretor: Quentin Tarantino
Elenco: Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo DiCaprio, Kerry Washington, Samuel L. Jackson
Duração: 165 min.
Classificação: 16 anos
Quanto: R$ 69,90 (Blu-ray) e R$ 39,90 (DVD)