Com receio de protestos, Festival do Rio pede reforço policial
Com receio de que manifestações pudessem atrapalhar o Festival do Rio, que começou nesta quinta-feira (26), especialmente nas sessões de gala com a presença de atores, diretores e convidados, a organização do evento pediu reforço à Polícia Militar.
A estreia dos filmes da Premiére Brasil está prevista para ocorrer no Cine Odeon, na Cinelândia, em pleno centro nervoso do Rio de Janeiro, ponto de encontro de muitas manifestações.
O público do festival que irá acompanhar as estreias no Cine Odeon até o dia 10 de outubro terá que conviver com a ocupação de manifestantes na Câmara Municipal e barracas montadas na praça da Cinelândia.
O tapete vermelho para a sessão especial de abertura do Festival nesta quinta (26) contou com vizinhos inusitados. Para além de cinéfilos, curiosos e fãs de artistas, um grupo de cerca de 50 manifestantes chamou a atenção dos convidados.
De acordo com a diretora do festival, Ilda Santiago, a possibilidade de protestos já havia sido prevista pela organização do evento. “A gente já montou uma estrutura que permitisse respeitar todas as manifestações, mas que ao mesmo tempo respeitasse a nossa manifestação cultural de cinema. Isso a gente tem alguma coisa em comum, que é acreditar na diversidade”, disse ao UOL.
No primeiro dia de festival aberto ao público, nesta sexta (27), os ânimos não estavam tão exaltados quanto ontem, mas foi possível observar alguns poucos protestantes que questionavam “Cadê o Amarildo?”.
“A gente imaginou na hora de pensar o festival que isso seria uma possibilidade. Em geral, os protestos acontecem onde há alguma reverberação. A nossa ideia era montar uma estrutura que pudéssemos respeitar o direito de se manifestar”, disse a diretora do festival.
Entretanto, com receio de algum tipo de descontrole, a diretora afirma que a organização contatou a Polícia Militar da região para manter o patrulhamento. “A gente tem visto nos últimos tempos no Rio de Janeiro situações que podem ficar muito tensas e o controle da multidão deixar de existir. A gente se precaveu”, disse.
Ilda, contudo, minimizou o risco de que algo muito grave pudesse acontecer e destacou que o alvo do protesto não era o evento de cinema. “Não acho que era contra o festival. A gente conversou com os batalhões para pedir um reforço e que não houvesse exageros e abusos. A gente pediu ajuda e reforço, mas também que [os policiais] tivessem cortesia, uma compreensão de que a gente está dentro de um evento, uma manifestação cultural pacífica”, salientou.
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