Diretora de "Bridget Jones" diz que autora foi esperta ao matar Mark Darcy
Diferentemente de muitos fãs, Beeban Kidron, diretora do filme "Bridget Jones - No Limite da Razão", não se revoltou com a notícia mais chocante de todos os tempos para os fãs da personagem inglesa: a morte de Mark Darcy no terceiro livro da escritora Helen Fielding. "Pensei como ela foi esperta de ter feito algo novo. Em vez de ficar contando a mesma história repetidas vezes, ela foi lá e fez algo diferente", disse Kidron por telefone, ao UOL.
A diretor também afirmou que não tem intenção de voltar a dirigir um filme sobre a personagem apesar de ter gostado muito da experiência de conduzir o segundo filme da franquia, que novamente trouxe Collin Firth e Renée Zellweger, no papel de Mark Dacy e Bridget Jones. "Os atores e os produtores foram incríveis, mas eu acho que tem que ser outra pessoa. Uma Bridget Jones é suficiente", disse ela, rindo.
Collin Firth e Renée Zellweger, em "Bridget Jones"
"Vidareal.com"
Kidron está participando do Festival do Rio para promover seu novo documentário "Vidareal.com", que tem a missão de responder à pergunta: "Como a internet está afetando a vida e as relações de crianças e adolescentes?".
A diretora disse que quando ela era criança tinha uns seis amigos, dez no máximo, e que agora é normal ter 350 amigos. "Mas como você se relaciona com eles? As relações se tornaram menos intensas e há menos intimidade. Você também deixa de aprender com a experiência real", diz ela, que também notou que a internet é projetada para que você se vicie, o que dificulta um desligamento do mundo virtual.
No novo livro da Bridget Jones, cujo subtítulo é "Louca pelo Garoto", a personagem, além de viúva, tem dois filhos e dificuldade para lidar com as novas tecnologias. Ela fica chateada por não ter seguidores no Twitter. "Há muito adultos que também estão apegados à cultura da internet, mas há ainda muito gente que prefere ser 'old school'", afirma.
A diretora, que está apenas de passagem pelo Rio, disse ainda está impressionada com a beleza da cidade e também aprovou as manifestações feitas no local, que até afetaram a programação do Festival. "No mundo inteiro estamos vendo esses protestos. O que acontece é que há muito dinheiro e ele sempre vai para as mesmas mãos. As pessoas estão lutando por educação e saúde", disse ela.
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