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Com 13 indicações, "Xingu" leva apenas direção de arte no Prêmio de Cinema

Fabíola Ortiz

Do UOL, no Rio de Janeiro

14/11/2013 05h49

Apesar de ter recebido 13 indicações no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, o longa “Xingu” de Cao Hamburger levou apenas o troféu Grande Otelo de melhor direção de arte. A superprodução dividiu o prêmio com “Corações Sujos” de Vicente Amorim e “Heleno” de José Henrique da Fonseca.

A ficção que narra a história dos irmãos sertanistas Orlando, Leonardo e Cláudio Villas Bôas, responsáveis pela criação do Parque Nacional do Xingu, disputou nas categorias de melhor ficção, melhor ator (com Caio Blat e João Miguel), diretor, efeito visual, fotografia, roteiro original, longa metragem pelo voto popular, direção de arte, maquiagem, figurino, som, trilha sonora original e montagem.

“O filme foi muito reconhecido por ter tantas indicações. Isso indica que o filme tem excelência em todos os setores. Inclusive dois atores concorreram para melhor ator, isso foi uma surpresa, mas outros filmes na reta final se destacaram”, comentou Caio Blat que marcou presença na noite desta quarta-feira (13) durante o Oscar do cinema brasileiro, no Rio de Janeiro.

Blat relembrou a experiência de filmar “Xingu” ao argumentar que preza pela diversidade em sua trajetória profissional. “Foi uma experiência inesquecível e única de conhecer a nossa raiz brasileira mais profunda. Foi um filme que sonhei em trabalhar durante muitos anos. Meu tio foi voluntário no Xingu durante anos trabalhando com os índios e foi uma homenagem a ele que pude contar a história dos Villas Bôas”, afirmou.

O ator lembrou que ficou isolado alguns meses no meio da floresta para rodar o longa. “Fiquei dois ou três anos sonhando fazer esse filme”. Depois de gravar “Xingu”, Blat passou a ter uma posição de proteção do meio ambiente. “O Brasil é o único país do mundo que tem índios vivendo na mata, caçando, isso tem que ser preservado e mostrado. O filme é importantíssimo, está viajando todos os países e vai fazer uma carreira longuíssima”, ressaltou.

O ator também concorreu como finalista pelo documentário “Uma Longa Viagem”, de Lucia Murat. Em seus próximos projetos, Caio Blat atua no filme “Entre Nós”, de Paulo Morelli, exibido Festival do Rio em outubro e, nesta semana, no Festival de Roma.

O ator integra ainda o elenco de “Alemão”, com Antônio Fagundes e dirigido por José Eduardo Belmonte que deve ser lançado no início de 2014. Blat está também em fase de captação para dirigir seu primeiro longa adaptado de um romance de Cristóvão Tezza protagonizado por Cássia Kiss. “Espero no ano que vem tirar do papel”, disse.