"Não sabia que ia ficar tão parecido com o Gonzaguinha", diz Julio Andrade
“Não sabia que eu ia ficar tão parecido com o Gonzaguinha”, admitiu Julio Andrade ao viver o cantor filho de Luiz Gonzaga em “Gonzaga – De pai para filho” de Breno da Silveira. O artista venceu o troféu Grande Otelo de melhor ator no Grande Prêmio de Cinema Brasileiro, anunciado na noite desta quarta-feira (13), no Rio de Janeiro.
O longa foi considerado pela Academia Brasileira de Cinema como a melhor ficção de 2012. Breno da Silveira que não pôde comparecer ao evento também levou o troféu de melhor diretor. O cineasta está no Festival de Cinema de Madri apresentando o filme para o público espanhol.
“Foi uma grande surpresa, eu sempre tive quase lá muitas vezes e nunca aconteceu de eu ser reconhecido por um trabalho assim. Nunca tinha subido ao palco para agradecer. Hoje eu pude subir e foi maravilhoso”, disse Andrade após a cerimônia de anúncio dos prêmios.
Na categoria de melhor ator, Andrade disputou o Grande Otelo com Caio Blat e João Miguel de “Xingu”, Daniel de Oliveira de “Boca” e ainda com Rodrigo Santoro, protagonista de “Heleno”.
“A gente sempre cria uma expectativa porque as pessoas e os amigos acabam criando isso na gente. Quando vi o Rodrigo sentado ali, achei que ia dar ele. Breno falou que eu merecia esse prêmio. Se não ganhasse, ele disse que ia ficar muito bravo”, brincou. “Ele sabe o quanto me dediquei, o quanto eu amo esse personagem, o quanto me joguei nesse filme. Esse filme mudou a minha vida”, comentou.
Ao receber o troféu no palco, Andrade cantou a canção “E vamos à luta”, de Gonzaguinha. “Essa música tinha a ver. Eu cantava desde os meus 17 anos quando tocava MPB em barzinho e eu já cantava Gonzaguinha. Meu timbre foi ficando parecido com o dele. Desde meus 8 anos, meu pai me apresentou o Gonzaguinha e eu tive a sorte de me apaixonar pela música e poesia dele. Sempre fui fã e nem sabia que era parecido com ele”, destacou.
Além do prêmio de melhor ficção e direção, “Gonzaga – De pai para filho” levou ainda o de melhor ator coadjuvante, com João Miguel, e melhor som.
“Foi uma noite que a gente foi agraciado. Receber os cinco prêmios é só uma constatação de todo o amor que se dedicou para esse filme”, definiu.
Minutos após o anúncio, Andrade recebeu uma ligação do diretor comovido ao saber da notícia. “Ele estava emocionado, chorando ao telefone. Me deu vontade de dar um abraço nele. Breno é um cara que me emociona muito, quem trabalha com ele sabe o quanto ele ama fazer cinema”, salientou.
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