Diretor de "As Aventuras de Pi" diz que afogamento de tigre foi um acidente
O diretor do filme “As Aventuras de Pi”, Ang Lee, negou que tenha ocorrido maus tratos ao tigre de bengala, mas assumiu que o animal se afogou durante as filmagens e classificou o ocorrido como um "acidente".
"Foi um acidente", disse Lee a imprensa durante visita a Manila, nas Filipinas. “A equipe trabalhou duro para resgatar o tigre e depois ele recebeu muitos cuidados, um tratamento cinco estrelas. Nós demos muitos cuidados ao tigre, tanto quanto podíamos”, completou o diretor. As informações são do site "The Hollywood Reporter".
Lee estava nas Filipinas para participar de um festival de cinema de quatro dias, que teve a exibição do longa “As Aventuras de Pi”.
Entenda o caso
Uma funcionária da American Humane Association (instituição que tem como uma das metas evitar que animais sofram abusos durante a produção de filmes) que afirmou em um e-mail que o tigre-de-bengala que estrelou "As Aventuras de Pi" quase se afogou durante as filmagens não faz mais parte da organização. O anúncio da saída de Gina Johnson ocorre um dia depois de a revista "The Hollywood Reporter" publicar uma reportagem sobre abuso de animais que teve como início o e-mail dela.
Na mensagem eletrônica enviada em 7 de abril de 2011 para uma colega, Johnson afirma que o tigre, chamado King, quase morreu durante as filmagens. "A pior coisa foi que semana passada nós quase matamos King no tanque d'água. A tomada com ele foi muito ruim e ele se perdeu tentando nadar para a borda. Quase se afogou. Eu acho que nem preciso dizer, mas NÃO MENCIONE ISSO COM NINGUÉM, ESPECIALMENTE COM O PESSOAL DO ESCRITÓRIO (sic)", disse Johnson.
O e-mail de Johnson, obtido pela "Hollywood Reporter", deu início a uma investigação da revista que resultou na reportagem falando sobre o abuso de animais em várias outras produções. A reportagem diz, ainda, que a AHA estaria sendo leniente com abusos.
Nesta terça, 26 de novembro, a American Humane Association informou à rede de TV CNN que Johnson não faz mais parte da organização, mas não informou qual foi a data de sua saída nem o motivo.
Em um comunicado divulgado nesta segunda, a organização afirma que a investigação da revista "distorce" seu trabalho e que há uma marca de 99.98% de segurança para animais nas produções fiscalizadas pela AHA.
De acordo com a reportagem, funcionários da própria AHA afirmaram que esse número não reflete a realidade, pois leva em conta um alto número de insetos impossível de ser contabilizado.
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