Topo

Festival de Cinema de Paulínia realiza prévia em dezembro de 2013

Do UOL, em São Paulo

02/12/2013 15h19

A quinta edição do Festival de Cinema de Paulínia, que será realizado em julho de 2014, vai ganhar uma prévia entre os dias 11 e 14 de dezembro. O evento havia sido cancelado em 2012 pela prefeitura da cidade, que fica a cerca de 102 km de distância de São Paulo.

A programação da mostra, no entanto, não deve trazer filmes inéditos porque a realização da prévia foi uma decisão de última hora, segundo informou ao UOL a assessoria da prefeitura de Paulínia.

A responsável pela mostra é a recém-empossada secretária de Cultura da cidade, Mônica Trigo, que assumiu o cargo há pouco mais de quatro meses e anunciou que resgataria o polo de cinema e transformaria sua consolidação em principal meta de sua gestão.

"Vamos dar ao projeto nova roupagem para que se estabeleça como uma política permanente", disse a secretária ao UOL no início de novembro, depois de, em setembro, anunciar um acordo de cooperação federativa entre Governo Federal e Ministério da Cultura de adesão ao SNC (Sistema Nacional da Cultura).

Ainda em novembro, a Secretaria de Cultura também revelou que Rubens Ewald Filho e a produtora Tatiana Quintella serão os curadores do festival, responsáveis pela programação, que deve englobar, segundo Trigo, filmes estrangeiros e nacionais. Ewald e Quintella também devem ajudar a escolher os filmes da prévia, cuja programação será anunciada no dia 4 de dezembro e deve incluir apenas filmes nacionais.

Em conjunto com a volta do festival, haverá também a reativação de estúdios de gravação, teatro, escola e escritório de captação de projetos --tudo interrompido em 2012 quando o então prefeito José Pavan Júnior (PSB) decidiu investir a verba de R$ 10 milhões em projetos sociais.

Hollywood brasileira

Idealizada para ser a "Hollywood brasileira", estima-se que cerca de R$ 490 milhões já tenham sido gastos no polo de Paulínia, desde a década de 1990, quando iniciaram as obras. Os recursos são oriundos dos royalties do petróleo.

Entretanto, um imbróglio político interrompeu as atividades do complexo, que possui estúdios de gravação, teatro, escola, escritório de captação de projetos e um restaurante. O projeto foi criado pelo ex-prefeito, Edson Moura (PMDB), que elegeu o filho Edson Moura Júnior (PMDB), na eleição de 2012, como manobra para escapar da Lei da Ficha Limpa.

Moura disputou a eleição por força de uma liminar a seu favor, mas já havia sido condenado duas vezes pelo Tribunal de Justiça de São Paulo por improbidade administrativa.

Depois de recorrer na justiça, quem acabou ocupando o cargo na ocasião foi o segundo colocado em Paulínia, José Pavan Junior (PSB). Em abril passado, Pavan que já havia abandonado a estrutura do polo e interrompido editais, cancelou o festival de cinema da cidade.

Em julho deste ano, porém, por decisão do TSE, Moura Junior assumiu o cargo e anunciou a intenção de retomar o projeto do polo.