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Prefeitura fará anúncio sobre o Belas Artes em janeiro, diz secretaria

Movimentação em frente ao Belas Artes no último dia de funcionamento do cinema, em março de 2011 - Zanone Fraissat/Folhapress
Movimentação em frente ao Belas Artes no último dia de funcionamento do cinema, em março de 2011 Imagem: Zanone Fraissat/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

17/01/2014 17h50

A assessoria de imprensa da Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo informou nesta sexta-feira (17) que a Prefeitura fará um anúncio sobre o Cine Belas Artes, fechado desde março de 2011, ainda no mês de janeiro.

De acordo com secretaria, que não confirma que o anúncio será da reabertura do cinema, a Prefeitura e a Caixa Econômica Federal estão em "tratativas avançadas" para permitir que o espaço volte a funcionar.

A secretaria também não informou quem administrará o local nem deu outros detalhes da possível reabertura.

Um representante do Movimento pelo Cine Belas Artes informou ao UOL que o grupo se reuniria ainda na noite desta sexta-feira (17) para discutir o futuro do cinema.

Inaugurado em 1943, com o nome de Cine Ritz, o espaço encerrou as atividades em 17 de março de 2011, após perda de patrocínio, aumento do valor do aluguel do imóvel e não renovação do contrato entre o proprietário do prédio e a administradora do cinema.

Desde que fechou as portas, admiradores do cinema criaram grupos que defendiam seu tombamento e o possível retorno da projeção de filmes no local.

Tombamento

Em outubro de 2012, O Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), órgão ligado à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo, aprovou o tombamento do cinema, localizado na capital paulista.

Com a decisão, nenhuma alteração na fachada do imóvel do antigo cinema localizado na esquina da rua da Consolação com a avenida Paulista pode ser feita sem autorização prévia.

O tombamento do Cine Belas Artes envolve a fachada do edifício e um trecho de quatro metros do espaço interno medido a partir da entrada no imóvel.

A decisão do órgão estadual de proteção ao patrimônio contempla também elementos na calçada em frente ao edifício que remontem à memória do cinema, "a fim de garantir o registro permanente do lugar", diz o texto da deliberação.

Segundo a decisão do conselho, não há restrição de uso, ocupação ou modificação do edifício. Assim, o prédio pode ser alterado e destinado a qualquer fim, desde que preserve a fachada e os demais elementos tombados, que guardam a memória do local.