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Para família, Sandy ficou "estranha" durante filmagens de suspense

A atriz Sandy Leah  durante entrevista coletiva para divulgar o filme "Quando Eu Era Vivo", de Marco Dutra - Caio Duran/Agnews
A atriz Sandy Leah durante entrevista coletiva para divulgar o filme "Quando Eu Era Vivo", de Marco Dutra Imagem: Caio Duran/Agnews

Gabriel Mestieri

Do UOL, em São Paulo

27/01/2014 15h01

A atriz e cantora Sandy Leah, que faz parte do elenco do filme "Quando Eu Era Vivo", de Marco Dutra, contou nesta segunda-feira (27) que sua família dizia que ela estava "estranha" durante os dias de filmagem do longa.

"Diziam que eu estava diferente: pensativa, fechada. No fundo, o clima do set é divertido para caramba, mas chegando em casa eu ficava um pouco quieta", afirmou a atriz, que no filme vive Bruna, uma garota que veio do interior para concluir estudos de música em São Paulo.

A atriz disse que interpretou de maneira positiva essas declarações. "Que bom, porque quer dizer que eu entrei mesmo na coisa".

Sandy disse que o interesse pela música é um dos "pontos de contato" entre ela e a personagem, mas que se considera bem diferente de Bruna. "Ela é mais jovem, tive que tomar cuidado para não passar mais maturidade do que ela tem".

Grávida de quatro meses, Sandy participou de entrevista coletiva para divulgar o filme, que estreia nesta sexta, ao lado dos atores Antonio Fagundes e Marat Descartes, do diretor Marco Dutra, do produtor Rodrigo Teixeira, e de outras pessoas envolvidas com o longa.

Inspirado no livro "A Arte de Produzir Efeito sem Causa", de Lourenço Mutarelli, o filme mostra a história de Júnior (Descartes), que, após um divórcio traumático, busca abrigo na casa do pai, Sênior (Fagundes), com quem mantinha uma relação distante. Mas o pai se tornou um homem estranho, rejuvenescido à base de exercícios físicos e bronzeamento artificial, e os objetos e fotos da mãe, morta há alguns anos, foram encaixotados e trancados no quartinho dos fundos. Júnior desenvolve uma obsessão pela história de sua família e tenta recuperar algo que aconteceu em sua infância e que, até hoje, o assombra.

  • Caio Duran/AgNews

    Os atores Marat Descartes, Sandy Leah e Antonio Fagundes e o diretor Marco Dutra, de "Quando Eu Era Vivo"

Para Fagundes, o horror é usado como metáfora pelo ser humano. "Usamos o horror como metáfora para coisas que não têm explicação e que nos dão medo", disse. O ator afirmou também que gostaria de fazer mais cinema, mas que sua agenda o impossibilita. "Por mim, eu faria três ou quatro filmes por ano".

A fase de filmagens de "Quando Eu Era Vivo" durou apenas 18 dias. O filme foi rodado em uma locação na cidade de São Paulo e no complexo psiquiátrico de Juqueri, em Franco da Rocha, na Grande São Paulo.

Durante a coletiva, o ator Marat Descartes disse ter ficado "imediatamente enlouquecido" quando foi sondado por Dutra para fazer o filme. Mesmo quando ainda não tinha sido oficialmente convidado para o papel principal do longa, ele afirmou ao diretor: "Eu vou fazer, não tem escapatória. E foi maravilhoso fazer".