Após "Azul", "Ninfomaníaca" também é recusado por empresas de Blu-ray
A exemplo de "Azul é a Cor Mais Quente", do diretor Abdellatif Kechiche, o longa “Ninfomaníaca”, do polêmico cineasta dinamarquês Lars von Trier, também não será lançado em Blu-ray no mercado brasileiro. A informação foi confirmada nesta quarta (12) pela Califórnia Filmes, distribuidora que detém os diretos do filme no Brasil.
A justificativa, segundo a empresa, é a mesma utilizada para vetar o filme francês: as cenas de sexo explícito entre os personagens. De acordo com o diretor da Califórnia, Euzébio Munhoz Junior, o filme só poderá ser reproduzido em DVD, pois as duas principais empresas que replicam seus títulos em Blu-ray, a Sonopress e a Sony DADC, se recusaram a realizar o serviço, alegando "conteúdo inadequado".
“Isso, para nós, é uma novidade. Não fomos avisados de nada. Pegamos carona na polêmica do ‘Azul’. Ainda estamos buscando alternativas para replicar o Blu-ray, mas não tivemos sucesso com as empresas. E como é proibido replicar fora do Brasil, deixamos de prestar um serviço e não vamos mais lançá-lo no dia 29 de abril, conforme programado”, diz Munhoz Junior, que afirma ainda não ter planos de acionar a justiça para resolver o caso.
Apenas três empresas replicam títulos em Blu-ray no Brasil: Sonopress, Sony DADC e AMZ.
Em entrevista ao UOL no fim de fevereiro, o diretor da Califórnia já havia afirmado sua intenção de lançar "Ninfomaníaca" em DVD e Blu-ray. Munhoz Junior também disse à época que o impedimento de replicar conteúdo sexual era novidade para ele.
“Ninfomaníaca”, cujo a primeira parte estreou em janeiro nos cinemas, conta a história de Joe (Charlotte Gainsbourg), uma mulher perturbada pelo seu incontrolável vício por sexo. A segunda parte da produção, que também conta com Uma Thurman, Shia LaBeouf e Stellan Skarsgård, estreia nesta quinta (13) no Brasil.
Procurado pelo UOL, a e Sony DADC afirmou que a produção do Blu-ray não foi solicidata na empresa. Já a Sonopress afirmarou que os responsáveis por responder à questão não estavam disponíveis.
Quando questionada anteriormente sobre o caso de "Azul É a Cor Mais Quente", a Sonopress informou que contratos com outros clientes exigem esse tipo de limitação no escopo dos filmes. Segundo a própria Sonopress afirmou ao jornal o "O Globo", Disney e Microsoft estariam entre as empresas que colocam em contrato a proibição de replicação de material com conteúdo sexual explícito.
Questionada à época, a Disney se recusou a comentar o assunto e emitiu resposta oficial dizendo que os "contratos com fornecedores são de interesse exclusivo das partes".
Já a Microsoft nega que imponha limitação em relação a conteúdo sexual em contratos com seus fornecedores. “A Microsoft informa que não tem política que impeça a Sonopress ou qualquer outro fornecedor de replicar discos do filme 'Azul É a Cor mais Quente'. Os acordos que a empresa tem com esses fornecedores tem como objetivo garantir o cumprimento das leis do país e que direitos de propriedade intelectual de terceiros não sejam violados”, afirma a empresa em comunicado preparado à época da polêmica com "Azul".
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