Departamento de Controle de Doenças cita mitos de epidemias no cinema
O CDC, órgão governamental dos Estados Unidos de controle de doenças, enumerou em seu blog os cinco maiores mitos que os roteiristas Hollywood colocam em filmes sobre pandemias como "Contágio" e "Epidemia", em comparação com o mundo real. Veja abaixo.
Mito 1 - "A doença misteriosa X"
Nos filmes o motivo da epidemia costuma ser um mistério completo, mas na realidade equipes de campo costumam encontrar indícios de surtos antes que eles ocorram, sejam eles de origem viral, bacterial, parasítica, de venenos ou toxinas. Um dos primeiros passos de cada investigação é encontrar a causa.
Mito 2 - Ir correndo para o campo
Quase todo filme "de epidemia" começa com o especialista recebendo uma ligação urgente do governo e em 24 horas ele está investigando em algum canto remoto do planeta. Na realidade, existe um grande planejamento entre diferentes órgãos e países para respostas a surtos e pode levar semanas ou mais até que uma equipe desembarque no local.
Mito 3 - Um dos "detetives" é infectado
Para efeitos dramáticos, diversas vezes o protagonista é infectado e precisa correr contra o tempo em busca de uma cura. Na realidade, por mais que os integrantes das equipes de resposta tenham uma chance maior de contraírem a doença, eles andam com uma pequena farmácia portátil de pílulas e remédios, além de equipamento de proteção, e é raro se contaminarem.
Mito 4 - O CDC salva o dia
Nos filmes, o CDC é apresentado como uma equipe da SWAT de saúde pública. Eles entram com tudo, identificam a fonte da epidemia, tomam medidas drásticas e salvam o dia. Isso raramente acontece, já que o órgão depende de um convite formal do país de onde a doença se originou e o CDC nunca age sozinho, mas em colaboração com outros órgãos internacionais de saúde.
Mito 5 - Epidemias rapidamente se espalham por todo o globo
Ok, esse "mito" pode ser bem real. A velocidade e incidência das viagens internacionais facilita muito que a epidemia seja "importada" por outras cidades, especialmente se a origem é em uma cidade maior e cosmopolita, como Luanda, que levou a um surte de dengue em 2013. No entanto, algumas doenças perigosas circulam pela África há cerca de meio século sem que uma epidemia global seja registrada.
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