"Cinema está caro, raro e para poucos", diz Mateus Solano, vilão em filme
Após dar vida ao primeiro vilão gay da televisão brasileira, Mateus Solano vive agora mais um mau-caráter. No suspense dramático “Confia em Mim”, que estreia nesta quinta-feira (10) em 250 salas dos cinemas brasileiros, o ator interpreta o psicopata Caio, mas rejeita comparações com o vilão Félix de “Amor à Vida”, e aproveita para criticar a falta de incentivo em novos gêneros, que não a comédia, no Brasil: "O cinema está caro, raro e para poucos", diz.
Protagonizada por Mateus Solano e Fernanda Machado, que trabalharam juntos no folhetim de Walcyr Carrasco, a trama exibe a história da chef de cozinha Mari (Fernanda), que é seduzida pelo empreendedor Caio (Solano) e resolve montar o próprio restaurante. Apaixonada, a jovem acaba caindo em um golpe.
Apesar de ainda não ter saído do imaginário do público, Mateus avisa que Caio é completamente diferente de Félix -- no entanto é possível ver alguns trejeitos e olhares do querido vilão em seu novo personagem nos cinemas.
"Tem muito pouco a ver o Félix com o Caio. A linguagem em 'Amor à Vida' era mais novelão, cheio de chavões que o público conhece e gosta. O Caio é um homem sedutor, sem intenções malvadas, ele não sente culpa nenhuma no que faz. O Félix era mais humano, ele tinha a possibilidade de redenção. O Caio não desperta redenção”, disse o ator durante apresentação do longo para imprensa em São Paulo.
O diretor endossa esse discurso e explica que o personagem não possui nenhum sentimento ou culpa pelo o que faz. “O Caio não tem curva dramática. A gente até espera um redenção dele, mas isso não acontece”.
Embora cite como referências os filmes “Bastardos Inglórios”, de Tarantino, ou “Trapaça”, de David O. Russell, o filme de Michel, com roteiro de Fabio Danesi, deixa a desejar quanto ao suspense propriamente dito. Com uma história simples e contada pela visão da vítima, o fã de Tarantino, por exemplo, poderá sentir falta da emoção diante das cenas.
O diretor da série “O Negócio”, da HBO, assume sua inexperiência na temática. “É um gênero pouco explorado no Brasil. Tanto eu quanto o Fábio não tínhamos muita experiência nisso. Nós baseamos em roteiros dos seriados ‘Breaking Bad’ e ‘Família Soprano’. Não quis fazer uma coisa exibida. Quis colocar uma câmera e trabalhar com os atores na locação”, disse Michel.
Ao contar a história de uma mulher inteligente que se apaixona e leva um golpe do amado, o diretor explica que a chef de cozinha não é uma “trouxa”, mas sim uma pessoa normal. “O filme é despretensioso e conta a trajetória de uma pessoa comum. As pessoas se identificam com ela. A intenção é que as pessoas torçam pela Mari”, disse Tikhomiroff, que se baseou em uma história real.
Para dar vida à mocinha Mari, Fernanda Machado, a Leila de “Amor à Vida”, teve que participar de alguns workshops de culinária. “Queria aprender a cortar os alimentos rapidamente, para não usar dublê, e quase arranquei meu dedão”, contou a atriz.
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