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Considerada a nova Jennifer Lawrence, Woodley diz que colega é seu "modelo"

Fernanda Ezabella

Do UOL, na Cidade do México*

17/04/2014 05h30

Ela estreou no cinema independente e virou estrela de uma franquia futurística juvenil. Ficou conhecida com os longos cabelos loiros, embora esteja com os cachos curtinhos para um novo trabalho. Fala o que dá na telha e tem 20 e poucos anos.

Shailene Woodley, 22, tem muitas coisas em comum com Jennifer Lawrence, atriz dos filmes “Jogos Vorazes” e ganhadora do Oscar pelo drama "O Lado Bom da Vida" (2012). Não à toa, Woodley resolveu escrever para a colega para pedir conselhos sobre a carreira ao ser convidada para estrelar “Divergente”, longa-metragem que estreia no Brasil nesta quinta (17).

“Ainda preciso conhecê-la pessoalmente, acredita? Perguntei sobre como ‘Jogos Vorazes’ afetou sua vida, porque ela começou no mundo indie também. Ela me deu bons conselhos”, disse Woodley ao UOL. “Jen disse que os pequenos buracos na estrada não se comparam às coisas bacanas que surgem de oportunidades assim.”

“Ela é definitivamente um modelo para mim. Somos bem diferentes, mas somos fortes e cheias de personalidade.”

De fato, entrevistar as duas atrizes são experiências únicas. Woodley tem uma inocência hippie e fala o que quer, às vezes correndo o risco de soar um pouco infantil. Nunca solta um palavrão, ao contrário da desbocada Lawrence, muito mais ligada na tomada e piadista nata.

Woodley gosta de distribuir abraços, enquanto Lawrence mantém sempre distância. Ela recebeu a repórter com um abraço apertado, antes da entrevista, e depois deu outro ao final da conversa de meros dez minutos. Como aparenta estar sempre de bom humor, pareceu o caso de perguntar o que a tira do sério.

Trailer legendado de "Divergente"

“Monsanto, aquela empresa das sementes geneticamente modificadas. Eles realmente me irritam”, diz, séria, depois de pensar um pouco. “Também fico irritada com segredos que são prejudiciais à sociedade como um todo. Tenho zero tolerância para isto”.

De calça jeans skinny, tênis All Star e jaqueta de moletom, ela reclama das pressões de Hollywood, como a função de desfilar pelo tapete vermelho. “É uma linha fina. Você é uma modelo ou atriz? Você está lá por causa de um vestido ou para representar um filme artístico?”, questiona.

“Então, acho que quanto mais real eu for, maior será o presente que posso oferecer. Quero trazer de volta um pouco de realidade, sabe?”

A atriz californiana ficou conhecida pelo papel principal do seriado “The Secret Life of the American Teenager” (2008–2013). Sua primeira grande aparição no cinema foi ao lado de George Clooney em “Os Descendentes” (2011), pelo qual ganhou o Spirit Award e foi indicada ao Globo de Ouro de atriz coadjuvante.

Anos depois, voltou ao cinema para fazer o independente "The Spectacular Now" (2013) e, neste ano, também está em “A Culpa é das Estrelas”, estreia de junho nos EUA, sobre uma garota que sofre de câncer, adaptada do best-seller de John Green.

“Demorei para voltar a fazer cinema [depois de ‘Os Descendentes’] porque realmente não li nada que eu amasse de verdade”, conta. “Agora estou no mesmo lugar. Não tenho absolutamente nada exceto a sequência de ‘Divergente’ para fazer. Mas não tenho pressa. Posso levar cinco anos para fazer outro filme que por mim tudo bem.”

* A jornalista viajou a convite da Paris Filmes