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Vladimir Brichta leva prêmio de melhor ator no Cine PE

O ator Vladimir Brichta no Cine PE. Seu longa "Muitos Homens num Só" levou dez estatuetas - Divulgação
O ator Vladimir Brichta no Cine PE. Seu longa "Muitos Homens num Só" levou dez estatuetas Imagem: Divulgação

Carlos Minuano

Do UOL, em Recife

05/05/2014 08h10

Estrelado por Vladimir Brichta, o filme “Muitos Homens num Só”, de Mini Kerti, foi o grande vencedor do 18° Cine PE: levou dez troféus. Brichta, que é mais conhecido por seu personagem picareta na série "Tapas e Beijos" (Globo), ficou com o troféu Calunga de Melhor Ator, mas também poderia receber um prêmio pela simpatia, porque foi uma das presenças mais bem-humoradas do festival de cinema pernambucano. 

Em entrevista ao “CQC”, Brichta embarcou no estilo humorístico do programa da Band, que fez piadas com o nome do filme, no qual o ator global incorpora um ladrão de hotel sedutor. Ele concordou com a dubiedade perigosa do título. “Se ainda existisse videolocadora, teria receio de que o filme fosse colocado, por engano, na seção de proibidos”, brincou.

O ator ficou pouco tempo no festival de cinema pernambucano, mas circulou à vontade, tanto no hotel em Recife, quanto no Teatro Guararapes, em Olinda, onde aconteceu o evento. Atendeu a todos. Com bom humor, deu entrevistas, posou pra fotos e distribuiu autógrafos.

Em entrevista ao UOL, ele explicou o porquê do carinho. “Eu amo Recife, me sinto em casa aqui”, declarou o ator. “Sempre fui muito bem acolhido .” 

E a boa relação com a cidade começou por meio do teatro. Depois de atuar na peça “A Ver Estrelas”, de João Falcão, “a melhor  peça infantil de todos os tempos”, na opinião de Brichta, ele foi convidado para o espetáculo “A Máquina”, que o diretor fez questão que fosse montado na capital de Pernambuco.

A peça ficou em cartaz durante dois meses em Recife, de quarta a domingo, com duas sessões aos sábados, e mudou a vida do ator. O sucesso de público chamou atenção (sobretudo da TV Globo) para o elenco do espetáculo, que também contava com nomes como Wagner Moura e Lázaro Ramos. “Foi uma coisa apoteótica em nossa carreira”, comenta Brichta.

 

Bom momento no cinema

O bom momento de Brichta no cinema deve continuar no esperado longa “Beleza”, de Jorge Furtado. No filme, que está em fase de montagem, ele atua ao lado da mulher, Adriana Esteves, e de Francisco Cuoco.

Seu personagem no filme é um fotógrafo em crise que viaja para o interior do Rio Grande do Sul em busca de uma nova Gisele Bündchen. A procura do personagem e as dificuldades que ele enfrenta levam a história para um embate conceitual sobre o que é verdadeiramente a beleza.

Sobre contracenar com a mulher, ele garante que foi muito bom. “Antes de ser marido, tenho muita admiração por ela, e já havíamos trabalhado juntos”, conta o ator. “Foi uma experiência muito feliz dividir o set e o chalé com uma pessoa que eu amo.”

Sucesso de “Avenida Brasil” incomodou

De imediato, Vladimir Brichta não admitiu, mas depois confirmou que o sucesso de Adriana Esteves na novela “Avenida Brasil”, na qual ela interpretava a vilã Carminha, o incomodou. Depois, o ator se explicou: “O pior foi no começo, mas depois fica o legado, ela será lembrada pelo resto da vida por esse papel”. 

Para ilustrar o incômodo, ele comenta os prejuízos na divulgação da estreia da peça “Arte” (montagem de texto da francesa Yasmina Reza), estrelada por ele, que aconteceu no mesmo período da novela. “A imprensa ia cobrir e só me perguntava da Carminha”.

A novela segue fazendo sucesso, agora na Argentina. “Mudaram até para o horário nobre para concorrer com um programa de grande audiência de outro canal”, conta Brichta, que diz que ele e Adriana Esteves já foram abordados até nos EUA. “Fizemos uma viagem para os Estados Unidos e, lá, fomos abordados por causa da novela”, desabafa o ator. O mesmo ocorreu , segundo ele, na Costa Rica e no Chile. A atriz Adriana Esteves, que deve voltar neste ano à televisão, atualmente filma o novo longa do diretor Marcos Jorge. E Brichta, no início do ano, atuou com Mariana Ximenes no longa “Um Homem Só”, de Claudia Jouvin, que deve estrear ainda este ano.