No Rio, Michael Bay diz que gosta muito das locações no Brasil para gravar
A franquia "Transformers" levou seu rastro de destruição para a China com o novo filme "A Era da Extinção", que estreia nesta quinta (17), mas, segundo o diretor Michael Bay, o Brasil também teria potencial para servir de cenário às batalhas entre robôs gigantes.
Durante entrevista coletiva nesta quinta, no Rio de Janeiro, para divulgar o filme --ao lado dos atores Nicola Peltz e Jack Reynor e do produtor Lorenzo di Bonaventura--, Bay foi questionado se a capital fluminense poderia ser uma das cidades destruídas pelos transformers no futuro.
"Gosto muito das locações no Brasil para gravar. Mas uma coisa que pesquisamos é se existe uma infraestrutura, porque é preciso levar muitas coisas", afirmou, sem deixar claro se acredita que o país possui a estrutura necessária.
Di Bonaventura completou: "Hollywood é muito prática. Alguns países nos dão apoio e isso facilita a gente gravar. Como aconteceu nas gravações de Hong Kong".
Crítica x público
Michael Bay estava muito animado, brincando com fotógrafos e dizendo que quer ficar até sábado para ir ao Pão de Açúcar, como fez em 2011, quando veio ao Rio para divulgar "Transformers 3: O Lado Oculto da Lua".
Ele levou com bom humor mesmo quando perguntado sobre o que achava dos críticos que dizem que ele está matando o cinema com sua franquia.
"Eu nunca ouvi essa, mas não concordo com isso. Na minha visão, estou ajudando o cinema. Um filme que é visto por 100 milhões de pessoas, é porque ele diz algo a elas. E acho que ajudo o cinema porque os filmes proporcionam uma experiência cinematográfica. Algo que as crianças não podem ter só vendo filmes no iPad, mas indo fisicamente ao cinema. No final o único que sabe algo é o público", concluiu.
Bay chegou até a comparar seus filmes com arte: "Perguntam se eu gostaria de fazer filmes de arte, mas olhe a imagem de Bumblebee. Isso é resultado do trabalho de centenas de artistas, ilustradores e animadores".
Em entrevista exclusiva ao UOL, o ator Jack Reynor, um dos novos protagonistas da série, também comentou a disparidade que existe entre crítica e público em relação a "Transformers".
"Eu não entendo porque alguém iria ver um filme como 'Transformers' e escrever uma crítica como se esperasse uma resposta cerebral ou espiritual. O filme não é sobre isso. É um filme que existe para entreter, para fazer as pessoas esquecerem dos problemas das suas vidas por algumas hora e curtir um espetáculo", disse.
Para ele, as pessoas não costumam se dar a oportunidade de se entreterem em meio às ocupações do dia a dia. "Estamos sempre ocupados, vivemos para trabalhar ao invés de trabalhar para viver. O que o Michael faz nesses filmes é um serviço público. Dá às pessoas tempo para refletir e de certa forma meditar. Você pode se sentar e permitir que algo se apresente para você por duas horas e meia. É ótimo e as pessoas adoram", concluiu.
Visita a favela
Todo um esquema foi montado para manter a equipe do filme separada dos jornalistas e de outros frequentadores do Copacabana Palace, onde ocorreu o evento, mas entre uma entrevista e outra, pôde-se entreouvir o ator Jack Reynor dizendo a um segurança que queria muito conhecer a favela do Vidigal. O funcionário desaconselhou. "É que é uma experiência que eu queria muito ter, conhecer a favela", disse Reynor.
Trama
"Transformers 4: A Era da Extinção" se passa alguns anos após o grande confronto entre Autobots e Decepticons em Chicago, quando os gigantescos robôs alienígenas desapareceram e os Autobots se escodem. O inventor Cade (Mark Wahlberg) encontra um caminhão abandonado e acaba "despertando" o transformer Optimus Prime, líder dos Autobots.
Cade e sua filha, Tessa (Nicola Peltz), começam a ser caçados pelas autoridades americanas e por um misterioso magnata de tecnologia, mas também contam com a ajuda de Shane (Jack Reynor), um piloto de corridas e namorado de Tessa. Os três filmes anteriores da franquia geraram US$ 2,7 bilhões em vendas de ingressos no mundo todo.
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