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Filme com Wagner Moura e Selton Mello vence Festival de Cinema de Roma

7.out.2014 - Os atores Wagner Moura e Selton Mello na pré-estreia do filme "Trash: A Esperança Vem do Lixo" no Rio de Janeiro, em evento que conclui o Festival do Rio - Graça Paes/Photo Rio News
7.out.2014 - Os atores Wagner Moura e Selton Mello na pré-estreia do filme "Trash: A Esperança Vem do Lixo" no Rio de Janeiro, em evento que conclui o Festival do Rio Imagem: Graça Paes/Photo Rio News

Do UOL, em São Paulo

25/10/2014 17h32

"Trash - A Esperança Vem do Lixo" foi anunciado neste sábado (25) como vencedor do Festival de Cinema de Roma. Dirigido pelo cineasta inglês Stephen Daldry -- mesmo diretor de "As Horas" e "Billy Elliot" -- o longa-metragem tem Wagner Moura e Selton Mello no elenco principal, além de atores estrangeiros como Martin Sheen e Rooney Mara.

O filme, que foi ambientado no Brasil e se passa em um lixão, é baseado no livro homônimo do também inglês Andy Mulligan, uma fábula sobre três garotos que vivem no lixão de um país fictício e encontram uma carteira que os coloca em rota de colisão com a polícia e políticos corruptos. 

O diretor Stephen Daldry esteve no Brasil recentemente para apresentar a produção no Festival de Cinema do Rio. "Trash" é uma das maiores coproduções Brasil-Reino Unido já realizadas.

No Festival do Rio, Selton Mello, que interpreta um investigador de polícia corrupto, disse que o longa traz um olhar estrangeiro sobre a realidade brasileira, mas com sensibilidade. "Acho que é um olhar estrangeiro de um artista sensível, alto nível, dos melhores diretores que existem. Você pega o roteiro, dá na mão de um camarada que dirige filme só de ação, superficial, aí seria um filme banal".

Wagner Moura, que interpreta um papel pequeno mas crucial no filme, concorda. "Nós temos essa tradição de fazer filmes sobre a situação social brasileira. Desde o cinema novo a gente faz isso. Então, às vezes somos um pouco refratários a que uma visão de fora olhe para essas mazelas", diz. "E eu acho isso uma bobagem. Claro, ele é inglês, mas que bom que a gente tem um olhar profundo sobre o que acontece no Brasil. Eu não acho que seja um olhar que tangencie a superficialidade em nenhum momento. É diferente do nosso estilo de filmar, daquele hiper-realismo brasileiro".