"Nunca vivi experiência tão forte", diz Regina Braga sobre "Irmã Dulce"

Protagonista do filme "Irmã Dulce", Regina Braga disse na manhã desta quinta-feira (27) que nunca viveu uma experiência tão forte em sua carreira artística. Segundo a atriz, a freira baiana, beatificada pelo papa Bento 16 em 2011, ainda permanece "viva" nas ruas de Salvador.

"Não é a primeira vez que eu faço uma personagem real que eu já vivi, mas nunca tão amada, tão conhecida e tão próxima. Irmã Dulce está viva. Você não anda um quarteirão, em Salvador, sem alguém te contar uma história dela. Eu contracenei com pessoas que conviveram com ela e isso dá uma linha muito tênue, entre realidade e ficção. Eu nunca vivi uma experiência tão forte como atriz", relatou Regina durante o "Encontro com Fátima Bernardes".

"A irmã Dulce era um freirinha pobre. Ela fez três cinemas, era amiga de Raul Seixas --o ajudou a começar a sua carreira-- e não tinha preconceito com absolutamente ninguém. Era uma pessoa que radicalizou no bem", defendeu a atriz.

Bianca Comparato (dos 20 aos 45 anos) e Regina Braga (45 anos em diante) farão o papel de irmã Dulce em diferentes fases do longa.

As diferenças físicas entre as duas atrizes são indiscutíveis --Bianca é carioca, morena de cabelos castanhos; Regina é paulista, loira de olhos azuis-- e isso gerou desconfiança do próprio elenco. "Quando conheci a Bianca eu falei 'como vou fazer a mesma pessoa que ela?'. Claro, fizemos todo um trabalho juntas e agora acho que ficamos muito parecidas", comentou Regina, ao falar sobre o trabalho de caracterização.

Filmado em Salvador, a história de irmã Dulce é mostrada sob direção de Vicente Amorim ("Corações Sujos", "Rio, Eu te Amo"), roteiro de Anna Muylaert e L.G. Bayão, e traz desde a infância até o encontro dela com o papa, em 1980, no auge de sua popularidade. O longa, entretanto, é uma ficção baseada em uma história real. O filme já está nos cinemas desde o dia 13 de novembro.

Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, ou simplesmente irmã Dulce, ficou conhecida por suas obras de caridade e de assistência aos pobres. Faleceu em 1992, aos 77 anos, de causas naturais. Em 2011, irmã Dulce foi beatificada pelo papa Bento 16.