George Clooney defende lançamento de "A Entrevista" e critica imprensa
O ator George Clooney entrou na discussão sobre o ataque à Sony, que culminou no cancelamento do filme "A Entrevista". Ele defende o estúdio, critica a imprensa e revela que o alto escalão de Hollywood está com muito medo de assinar uma petição para resistir à pressão dos hackers contra um possível ataque terrorista.
"A Sony não lançou o filme porque eles estavam com medo. Eles seguraram o lançamento porque todas as redes de cinema disseram que não vão exibi-lo. Eles falaram com seus advogados e esses disseram que se alguém morre, eles serão os responsáveis", disse o ator em entrevista exclusiva ao site Deadline.
O ator ainda contou que nenhum executivo de Hollywood quis assinar a petição que ele e seu agente Bryan Lourd lançaram solicitando que a indústria "ficasse junta" para não ceder às ameaças dos hackers. "Eu não vou dar nomes aqui, mas ninguém quis assinar à carta".
O ator insiste que o filme deve ser lançado de algum jeito. Para ele, Lançar em DVD poderia ser uma solução. "Façam o que puder para lançar esse filme. Não porque todo mundo tenha que ver o filme, mas porque ninguém vai me dizer que eu não posso assisti-lo. Essa é a parte importante", afirmou.
Para Clooney, os hackers foram brilhantes ao constranger os executivos da Sony em um primeiro momento, "assim ninguém ficaria do lado deles". Nos vazamentos de e-mail, foi revelado, por exemplo, que Barack Obama só teria interesse em ver filmes com atores negros. Já a estrela Angelina Jolie ganhou do produtor Scott Rudin, em uma troca de mensagens com Amy Pascal, a alcunha de "criança mimada", dona de um "ego gigantesco".
"Depois da piada de Obama, ninguém ia ficar do lado de Amy, e assim, de repente, todos correram para as montanhas. Olha, eu não posso me desculpar por essa piada, é o que é, um erro terrível. Isso foi usado como arma de medo. Eles sabem o que escreveram em e-mails e têm medo".
Ele também criticou a postura da imprensa, que se "aproveitou" do vazamento e não deu atenção para a história que era importante na opinião dele. "Eu passei a infância dentro de redações. Eu entendo que alguém olha pra uma história de pessoas famosas e deseja publicá-la. Não há muito o que fazer sobre isso. Não há como legislar sobre o bom gosto. O problema é que tinha uma enorme notícia e ninguém estava prestando atenção. Eles estavam curtindo isso tudo em vez de dizer: 'Espere um pouco, é a Coreia do Norte quem está fazendo isso? E se for, nós nos curvaremos diante disso?".
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