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Sean Penn critica cancelamento de "A Entrevista": um convite ao terrorismo

O ator Sean Penn durante a conferência "Power Of Hope" em Viena, Áustria - Martin Schalk/Getty Images
O ator Sean Penn durante a conferência "Power Of Hope" em Viena, Áustria Imagem: Martin Schalk/Getty Images

Do UOL, em São Paulo

19/12/2014 19h20

Sean Penn mostrou toda sua insatisgação com a decisão da Sony de cancelar o longa “A Entrevista”, depois que os cinemas se negaram a exibir o longa. Em entrevista ao site “Mother Jones”. o ator disse que o recuo representa um convite às ações do grupo radical islâmico Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL).

"Esta semana, os distribuidores e a Sony enviaram um convite de comando ao EIIL. E eu acredito que eles vão aceitá-lo. A caixa de Pandora está oficialmente aberta”, afirmou Penn.

"O dano que causamos a nós mesmos supera o dano causado por ameaças ou ações externas. Cedendo à ameaça externa, tornamos nossos pesadelos reais."

"A decisão de cancelar "A Entrevista" é histórica. É um caso que coloca os interesses de curto prazo à frente dos de longo prazo. Se não percebemos que esta é uma virada de jogo, que este ataque não assusta os chineses e os russos, estamos em um mundo muito diferente, um país diferente, uma comunidade, uma cultura muito diferentes. "

No texto, o ator lembra ainda que não é a primeira vez que Hollywood sofre ameaças de interesses estrangeiros. Em 1997, Michael Eisner foi pressionado pelo governo da China a não liberar o filme “Kundun” de Martin Scorcese, sobre o conflito do país com o Tibete.