Caco Ciocler vai dirigir filme sobre jornalista brasileiro preso na Síria
O ator Caco Ciocler, 43 anos, será o diretor da adaptação para os cinemas do livro "Dias de Inferno na Síria", de Klester Cavalcanti. A obra narra a prisão do jornalista na cidade de Homs em maio de 2012.
"Há mais de um ano que eu converso com o Caco sobre a adaptação para o cinema", diz Klester Cavalcanti. "Eu e o Caco temos ideias parecidas e confio nele", completou. A produção do longa-metragem ainda está no começo e não estão definidos os atores nem o início da filmagens.
De acordo com o jornalista, a ideia é fazer um filme com cenas de ação e focado nas relações humanas.
Embora as decisões sobre locação, roteiro, atores etc, fiquem a cargo do diretor, Klester gostaria que o longa fosse filmado no Líbado. "O país não está em guerra. Eu conheço o Líbano e ele tem uma identidade visual parecida com a Síria. Filmar lá seria fantástico", diz.
Além disso, Klester gostaria que o filme fosse falado em inglês e árabe e que contasse também com elenco árabe. "Durante esta viagem eu quase não falei português", lembra. "Mas é o diretor que vai decidir".
Quando foi para a Síria, em 2012, o plano de Klester era acompanhar durante alguns dias a ação dos rebeldes em Homs. Porém o jornalista foi preso por forças de Bashar al-Assad e ficou detido por seis dias em uma cela com outras 20 pessoas.
Klester aproveitou o tempo na prisão para entrevistar os detentos e registrar a realidade daquelas pessoas encarceradas por Bashar.
Um outro livro de Klester Cavalcanti, "O Nome da Morte", também será adaptado para o cinema. De acordo com o jornalista, o longa será produzido pela TV Zero, com direção de Henrique Goldman (de "Jean Charles") e roteiro de George Moura (roteirista de "O Rebu" e "Amores Roubados"). "A previsão é filmá-lo ainda este ano", garante.
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