Cineasta iraniano desafia governo e fala com jornalistas
Oficialmente proibido pelo governo iraniano de deixar o país, fazer filmes e dar entrevistas, o cineasta Jafar Panahi enviou uma declaração à imprensa para explicar sua situação. "Eu sou um cineasta. Eu não faço nada que não seja fazer filmes. O cinema é a minha expressão e o sentido da minha vida", escreveu.
“O cinema como arte é a razão pela qual eu tenho que continuar a fazer filmes em quaisquer circunstâncias, para prestar meu respeito e me sentir vivo”, declarou ainda Panahi, que está prestes a lançar seu mais recente trabalho, chamado “Taxi”, no Festival de Berlim, que acontece em fevereiro.
O filme é o terceiro feito pelo cineasta desde que ele foi proibido de trabalhar pelas autoridades iranianas. Em 2010, Panahi foi julgado e condenado a seis anos de prisão por fazer filmes sem autorização e fazer oposição ao então presidente Mahmoud Ahmadinejad. O cineasta, que chegou até a cumprir prisão domiciliar, está proibido de deixar o país e tem contra ele uma pena de seis anos de prisão, que ainda não foi aplicada.
Considerado um dos principais cineastas independentes de seu país, Panahi venceu o Leão de Ouro em Veneza por “O Círculo” em 2000, além do prémio Un Certain Regard em Cannes por “Ouro Carmim” em 2003 e do Grand Prix do Júri em Berlim por “Fora do Jogo” em 2006.
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