Diretor de "Divã a 2" diz não sofrer pressão para ter sucesso do 1º filme
Com Vanessa Giácomo, Rafael Infante e Marcelo Serrado no elenco e direção de Paulo Fontenelle, “Divã a 2” estreia nesta quinta-feira (14), com o desafio de superar a bilheteria de "Divã" (2009), primeiro da franquia, que levou quase 2 milhões de pessoas ao cinema em 2009 e contava com Lilia Cabral como protagonista.
Inspirado no livro de Martha Medeiros, o primeiro “Divã” foi dirigido por José Alvarenga Jr.. No longa, Lilia Cabral vivia Mercedes, uma mulher de 40 anos prestes a se separar, situação que a leva ao divã de um psicanalista.
Agora, seis anos depois, a sequência dirigida por Paulo Fontenelle traz Vanessa Giácomo e Rafael Infante (de “Porta dos Fundos”) como Eduarda e Marcos, que são casados há dez anos e têm um filho pequeno. Com o relacionamento desgastado, o casal decide se separar, e cada um recorre ao divã de um analista.
Paulo Fontenelle
Quem gostou do 1 vai gostar do 2. A narrativa e a linguagem são muito parecidas, tem drama, comédia e romance. Os gêneros que fizeram sucesso no 1, também repetimos no 2. A grande questão é que trata de gerações diferentes
Em entrevista ao UOL, Fontenelle (“Se Puder… Dirija!”, de 2013) admite que é um desafio conseguir o sucesso do filme dirigido por Alvarenga Jr., mas afirma que não encara isso como uma grande pressão. “Eu desligo, não tenho prepotência de querer ser comparado a ele [José Alvarenga Jr]. Em relação à bilheteria, não carrego esse peso”, frisou.
“Já vivi as duas situações, fiz filme que não foi tão bem de bilheteria como o esperado, mas também fiz série que foi a mais vista da TV fechada brasileira", diz ele, referindo-se à série “Se Eu Fosse Você – A Série”, exibida pelo Canal Fox. "Percebi que não tenho o menor controle sobre isso. Gostaria muito que desse bilheteria, mas desligo, isso não me faz perder o sono. Torço pelo filme, mas é uma responsabilidade que não carrego comigo.”
Gerações diferentes
Segundo o diretor, depois de lançado, o filme ganha “vida própria”. Para ele, quem viu o primeiro “Divã” inevitavelmente fará comparações ao ver a sequência. Fontenelle, contudo, afirma que são dois filmes completamente independentes entre si, apesar de terem narrativas semelhantes.
“Quem gostou do 1 vai gostar do 2. A narrativa e a linguagem são muito parecidas, tem drama, comédia e romance. Os gêneros que fizeram sucesso no 1, também repetimos no 2. A grande questão é que trata de gerações diferentes”, explicou.
Para viver a personagem Eduarda, inicialmente estava escalada a atriz Isis Valverde, que ficou fora do projeto após ter sofrido um acidente de carro em janeiro de 2014, no qual sofreu lesão na coluna. O nome de Giácomo como a nova protagonista foi rapidamente anunciado para substituir Isis. “Até chegamos a ensaiar com a Isis, mas tem coisas que às vezes não dá para controlar. Eu também adorava o trabalho da Vanessa, que se encaixou perfeitamente na personagem”, comentou o diretor.
Por já ser mãe e estar no segundo casamento, acredita o diretor, Giácomo foi capaz de viver o papel principal com mais maturidade. “Ela abraçou o papel com uma força tremenda e teve pouco tempo de adaptação. Já Isis iria fazer com menos maturidade. A Vanessa pegou o papel pouquíssimo tempo antes de rodar”, salientou.
Fontenelle não arrisca afirmar se haverá um terceiro filme da franquia, mas diz que, causo houvesse, gostaria que a trama envolvesse casais modernos e que um relacionamento a três poderia ser uma boa opção. “Imagino que um ‘Divã 3’ seja uma coisa mais moderna, não só de duas pessoas, talvez três.”
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