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Bello? Poopaye? Conheça o "ininteligível" Minionese, dialeto de "Minions"

Mariane Zendron

Do UOL, em São Paulo

26/06/2015 11h09

A comunicação vai muito além das palavras, pelos olhares, gestos e até sons aleatórios, mas ainda surpreende notar que os Minions conquistaram tantos corações ao redor do mundo mesmo falando uma língua ininteligível.

Roubando a cena desde "Meu Malvado Favorito" (2010), as criaturas amarelas e roliças conseguiram ter um filme só delas. "Minions", que chegou às telas na quinta-feira (24), conta a origem da turma, bem anterior a era dos humanos na Terra, e seus esforços para encontrar e servir o maior vilão de todos os tempos.

Esse dialeto esquisito falado pelos Minions tem nome, o Minionese, e foi criado meio que de sopetão por um dos diretores da animação, o francês Pierre Coffin. "Dublei um dos Minions para que os desenhistas de som pudessem ter uma ideia do que queríamos, mas o Chris Meledandri [produtor e CEO do estúdio Illumination] ouviu o teste e disse: 'você vai fazer a voz dos Minions'", contou o diretor em um vídeo oficial do filme.

Para emprestar a sua voz para não menos que 899 criaturas amarelas, Coffin misturou o francês, sua língua materna, com inglês, italiano, espanhol e um pouquinho de japonês. E, assim, criou um dialeto que soa ridiculamente bem e universal. Depois disso, só usou um efeito para acelerar a voz e voilá.

No vídeo do estúdio, o diretor explica que, diferentemente do Klingon, o dialeto de "Jornada nas Estrelas", ou do Na'vi, de "Avatar", o Minionese não é uma língua com gramática e dicionário completos. "Se fosse uma língua com muitas regras, não teríamos a graça das palavras que pulam aleatoriamente da boca deles. E é isso que torna [o Minionese] tão universal", explica Coffin.

Mesmo sem rigidez, o dialeto tem sua coerência e, por isso, é até possível criar um minidicionário da língua. Por exemplo, "olá" em Minonese é "bello", similiar ao "hello" em inglês. Já um simples "eu te amo" se transformar em "tulaliloo ti amo", que traz um pouco do romântico italiano.

Mesmo responsável pela aposta em Coffin, o próprio Chris Meledandri ainda se questiona sobre o sucesso das criaturas baixinhas. "Sabíamos que o público gostaria, já que as 300 pessoas envolvidas na criação do filme os adoravam. Mas nós não tínhamos ideia de que iriam se tornar tão populares", disse o produtor em entrevista à agência de notícias EFE. "Eu não conheço nenhum [outro] filme onde os três personagens principais falam uma língua que você não pode compreender, mas que, de alguma forma, você pode capturar tudo o que é dito. Isso é extremamente engraçado".

Os Minions, que já apareceram em outros dois filmes ("Meu Malvado Favorito" e "Meu Malvado Favorito 2") e agora em seu longa solo, devem voltar às telonas em 2017 na continuação "Meu Malvado Favorito 3".

Assista ao trailer do filme