A melhor franquia de todos os tempos, com certeza, é "O Exterminador do Futuro". Não concorda? Este repórter que vos escreve provará, com base em fatos irrefutáveis, por que a saga do ciborgue que foi de vilão a herói merece estar no topo.
Em cartaz nos cinemas, "O Exterminador do Futuro: Gênesis" é a quinta parte de uma franquia que começou em 1984 e, certamente, ainda tem muita história para contar. Para começar, trata-se de um filme praticamente sem furos no roteiro, exceto por algumas "bobeirinhas" aqui e ali, mas que são fáceis de serem consertadas. Basta fazer um novo filme, mandar um robô de volta no tempo e pronto. Problema resolvido. Para provar, listamos abaixo dez pontos para fazer a Academia se arrepender de ter dado "apenas" quatro Oscars (que merecia muito mais) à saga criada por James Cameron e estrelada por Arnold Schwarzenegger.
1 - Ator perfeito para o papel
Nunca um filme marcou tanto a carreira de um astro quanto "O Exterminador do Futuro" marcou a de Arnold Schwarzenegger. Em 1984, aos 37 anos, ele ainda era ator iniciante e praticamente desconhecido, lembrado apenas pelo papel em "Conan, o Bárbaro" (1982). Ou seja, já que não sabia atuar, ele seria perfeito para o papel de um ciborgue sem nenhuma expressão. O sotaque do austríaco, no entanto, acabou dando verossimilhança nos momentos em que ele interpretava a voz robótica do ciborgue T-800.
2 - Governator
Embora a franquia tenha marcado a carreira de Arnold Schwarzenegger, o astro mostrou, ao longo do tempo, que é versátil e se destacou em áreas completamente distintas. Antes de "O Exterminador do Futuro", o fisiculturista já tinha sido, aos 20 anos, Mister Universo. Depois, venceu outras sete vezes o Mister Olympia, desbancando Lou Ferrigno (que interpretou o Hulk na série de TV). Muitos anos depois, iniciou sua carreira política, tornando-se governador da Califórnia (o Estado mais rico dos Estados Unidos) por dois mandatos, entre 2003 e 2011. Por conta do filme, pela primeira vez na história daquele país, um Estado não teve um governador e sim um "governator", em referência ao nome do filme em inglês: "Terminator". Há quem diga que o ator seria o novo presidente dos EUA, se ele não tivesse nascido na Áustria.
3 - Frases marcantes
Qual outro filme entrou para a cultura pop com frases tão marcantes e elaboradas quanto "Hasta la vista, baby" ("até a vista, baby"), "I'll be back" ("eu voltarei") ou "Come with me if you wanna live" ("venha comigo se quiser viver")? Nenhum. As duas últimas frases, aliás, foram ditas em todos os filmes da franquia. São citações que podem ser usadas em qualquer ocasião. Vai se despedir da sua namorada? Imite o sotaque austríaco de Arnold e diga: "Hasta la vista, baby". É a receita do sucesso. Quer outra? Foi demitido injustamente? Olhe nos olhos do seu chefe e diga com a confiança de um ciborgue: "I'll be back!". Certeza que ele vai pensar duas vezes antes de voltar a demitir alguém. Detalhe: todas as frases foram incluídas pelo Governator em praticamente todos os seus discursos à frente do cargo. E sempre combinou. Por exemplo, antes de destruir vários DVDs piratas ou incinerar drogas apreendidas com traficantes, o que Arnold disse: "Hasta la vista, baby". Sempre que ele encerrava um discurso, o que ele dizia? Acertou quem falou: "I'll be back".
4 - Continuações melhores que o original
Poucos filmes ganharam mais do que cinco continuações. Só mereceram esta honra clássicos incompreendidos de Hollywood como "Rocky", "Duro de Matar", "Velozes e Furiosos", entre outros. Com "O Exterminador do Futuro: Gênesis", a franquia acaba de entrar para este seleto grupo. Além disso, "O Exterminador do Futuro 2" (1991) foi um dos poucos filmes que quebraram a regra clássica de Hollywood que diz que toda continuação é pior do que o original. Se pudéssemos eleger um único consenso neste mundo ele seria: "O Exterminador do Futuro 2" é melhor do que o primeiro.
5 - Trilha Sonora
Todo filme bom tem uma marcante trilha sonora. Na franquia "O Exterminador do Futuro" não é diferente. John Connor, então adolescente rebelde em "Terminator 2", era fã da maior banda de rock de todos os tempos, Guns N'Roses. A música "You Could Be Mine" entrou na trilha do filme, e o clipe feito pela banda contou com a participação de Arnold Schwarzenegger interpretando o T-800. No final do vídeo, o ciborgue escaneia Axl Rose e decide não matá-lo por ser "desperdício de munição". Além do Guns, a trilha sonora instrumental é marcante. Basta ouvir os primeiros acordes para saber que se trata do tema de "O Exterminador do Futuro".
6 - Injustiçado no Oscar
O ano de 2015 bateu o recorde e colocou três filmes no top dez dos mais rentáveis da história do cinema. Os títulos "Velozes e Furiosos 7", "Vingadores: Era de Ultron" e "Jurassic World" ocupam nessa lista a 4ª, a 5ª e a 8ª posição, respectivamente (não por acaso, são todos continuações). Nenhum deles, no entanto, chegou perto dos dois primeiros lugares, os premiados "Avatar" e "Titanic". E o que os dois filmes têm em comum com "Exterminador do Futuro"? O diretor James Cameron. Antes de ganhar vários Oscars, Cameron dirigiu o primeiro e o segundo "Exterminador do Futuro". Obviamente, os filmes sobre o ciborgue são dois títulos completamente injustiçados pelo Oscar. Embora "Terminator 2" tenha ganhado "apenas" quatro Oscars técnicos (Efeitos Visuais, Edição de Som, Mixagem de Som e Maquiagem). Como assim um diretor que já ganhou vários prêmios e ocupa os dois primeiros lugares entre os filmes mais rentáveis de todos os tempos não teve seu talento reconhecido nos outros filmes da saga? A única maneira de perdoarmos a Academia por tal descaso é o quinto título da franquia ganhar um Oscar, claro.
7 - Harley-Davidson Fat Boy
Uma das cenas mais marcantes de "O Exterminador do Futuro 2" é a fuga de John Connor do androide T-1000 pelos canais fluviais de Los Angeles. Prestes a ser eliminado pelo exterminador, ouvimos o característico barulho do motor da Harley-Davidson modelo Fat Boy. Em cima dela está Arnold com um escopeta destruindo tudo. Depois desta cena, a Fat Boy tornou-se, segundo a própria montadora, um dos modelos mais vendidos no mundo. A quinta parte da franquia apresentou novamente o modelo em cenas ainda mais emocionantes.
8 - Sarah Connor e o empoderamento da mulher
Muito antes de se falar em empoderamento da mulher, o "Exterminador do Futuro" já apresentava uma personagem marcante, forte e guerreira. Trata-se de Sarah Connor, mãe de John Connor, o líder da resistência. Vale destacar ainda as atrizes que já interpretaram a personagem. A primeira e mais conhecida foi Linda Hamilton, que deu vida à musa da saga no primeiro e no segundo filmes. O sucesso foi tanto, que Sarah ganhou uma série de TV "Terminator: The Sarah Connor Chronicles", interpretada por Lena Headey (a Cersei Lannister de "Game of Thrones"). Neste quinto episódio, a responsabilidade coube à atriz Emilia Clarke, também atriz de "Game of Thrones", que na série interpreta a Mãe dos Dragões, Daenerys Targaryen.
9 - A data do fim do mundo causou comoção
O mundo parou para ver o que aconteceria no dia 19 de abril de 2011, data apontada como a do início do apocalipse causado pela Skynet na série "Terminator: The Sarah Connor Chronicles". Não deve ter acontecido, provavelmente, porque John Connor mandou o T-800 ou Kyle Reese de volta no tempo para impedir. De qualquer forma, o evento motivou até o Google. Se você entrar neste endereço (dentro dos servidores do Google) é possível ver uma linguagem de programação que basicamente diz para os exterminadores não matarem os fundadores do Google.
10 - Influência brasileira
Por fim, duas contribuições "verídicas" e "extremamente importantes" para o Brasil. A primeira diz respeito à empresa vilã, criadora dos exterminadores: a Skynet. Não por acaso é uma fusão dos nomes de duas gigantes das comunicações que recebem diversas reclamações no Procon: a Sky e a Net. A segunda diz respeito ao efeito especial do metal líquido do exterminador T-1000 que, obviamente, influenciou a abertura da novela "O Rei do Gado", com Antônio Fagundes em cima do cavalo.
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