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Documentário sobre Aretha Franklin não poderá ser exibido por 30 dias

Cena do documentário "Amazing Grace", cuja exibição foi proibida nos EUA e Canadá - Reprodução
Cena do documentário "Amazing Grace", cuja exibição foi proibida nos EUA e Canadá Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

15/09/2015 21h45

O documentário "Amazing Grace", do diretor Sidney Pollack, que traz o registro de um show histórico da cantora Aretha Franklin na igreja batista New Missionary, não poderá ser exibido para o público nem para executivos do cinema por pelo menos 30 dias.

Segundo o site da revista "The Hollywood Reporter", após ser acionado judicialmente, o produtor Allan Elliott concordou em suspender as exibições depois que a cantora o processou por mostrar o filme a distribuidores no Festival de Cinema de Toronto.

O acordo foi selado em uma corte de Denver nesta terça (15), após os advogados de Aretha apresentarem uma nova queixa neste domingo (13). A suspensão é o primeiro passo da tentativa de resolução do litígio.

No dia 4 de dezembro, horas antes de ser exibido no festival de Telluride, o juiz americano John Kane, do Estado do Colorado, atendeu em caráter liminar aos pedidos de Aretha de suspender "Amazing Grace".

A cantora argumenta que Elliott tinha a obrigação contratual de obter sua permissão antes de qualquer exibição, o que nunca ocorreu. Por causa disso, o filme deixou de ser exibido nos festivais de Telluride, Toronto e Chicago.

Durante anos, Aretha Franklin se opôs à exibição das imagens do show, registrado em Los Angeles em 1972, pois o diretor cometeu um erro técnico nas filmagens. Segundo o "The Hollywood Reporter", Pollack esqueceu de levar a claquete à apresentação, o que prejudicou na edição a sincronia entre o som e as imagens.

As músicas do show foram lançadas ainda na época, no álbum "Amazing Grace". O disco é o mais vendido da carreira de Aretha e de toda a história da música gospel americana, recebendo certificado de platina dupla nos Estados Unidos equivalente a dois milhões de cópias.

Os direitos originais sobre as imagens pertenciam a Pollack, que morreu em 1998. Em 2008, os estúdios Warner Bros as concederam ao produtor Alan Elliot por meio de um documento de cessão autoral, que especifica que a exibição é condicionada ao consentimento de Aretha Franklin.