Topo

Dá vontade de dar beijo na boca, diz Gianecchini sobre sucesso de "S.O.S"

Giselle de Almeida

Do UOL, no Rio

22/10/2015 11h35

Que as comédias são um grande chamariz de público, o cinema nacional entendeu faz tempo. Mas, para Giovanna Antonelli e Reynaldo Gianecchini, a razão para o sucesso do primeiro "S.O.S. Mulheres ao Mar", que bateu 1,8 milhão de espectadores no ano passado, é outra: o pano de fundo do romantismo.

A pegada é a mesma na continuação do longa dirigido por Cris D'Amato, que estreia nesta quinta-feira (22): desta vez, uma grande crise de ciúmes entre Adriana (Antonelli) e André (Gianecchini) é o que promove os vários desencontros tão característicos do gênero.

"A gente não tem muita tradição de fazer comédia romântica, dessas que você sai com vontade de dar beijo na boca, que você torce pelo romance e ainda dá risada. Nesse sentido, o primeiro filme foi muito feliz, tinha um roteiro redondindo. Mas, por incrível que pareça, acho o segundo muito melhor. Os autores já conheciam esses personagens, teve realmente uma evolução, as situações são muito bem amarradas", analisa Gianecchini.

Espectadora assídua do gênero, Giovanna diz que atuar em comédias românticas é uma das coisas que mais gosta na profissão. Mas também aponta outra razão que pode tornar a sequência ainda mais bem-sucedida. "É uma continuação mais madura, focada em todas as idades. Tem essa delicadeza de ser um filme para a família. A gente já tem uma rotina pesada, as pessoas gostam de sair juntas e se divertir. Espero que dê supercerto e a gente possa fazer uma trilogia", torce.

Reynaldo Gianecchini e Giovanna Antonelli estrelam "S.O.S. Mulheres ao Mar 2" - Divulgação - Divulgação
Reynaldo Gianecchini e Giovanna Antonelli estrelam "S.O.S. Mulheres ao Mar 2"
Imagem: Divulgação

Na nova trama, Adriana se vê ameaçada ao descobrir que a top model Anitta (Rhaisa Batista), ex-noiva de André, está embarcando no mesmo cruzeiro em que o estilista lança sua nova coleção de moda. No auge do ciúme, ela convoca a irmã Luiza (Fabiula Nascimento) e sua ex-diarista Dialinda (Thalita Carauta) para uma viagem de carro que começa em Miami em direção à próxima parada do navio, em Cancún, no México, para impedir essa aproximação.

"Ela termina o primeiro filme achando que está mais madura, com a autoestima mais elevada. Escreve o livro, retoma a profissão. Mas quando ela descobre sobre a ex, ela não pensa. Ela é passional, emotiva, se joga e só vai se tocar lá no navio", conta a atriz, no ar como a Atena de "A Regra do Jogo".

Parceiros de vários trabalhos e sócios na vida real, os atores lembram que o entrosamento da equipe foi fundamental na empreitada, capaz até de minimizar as dificuldades de se filmar num navio em atividade.

"É difícil pra caramba! Mas o elenco estava com vontade de se divertir, a turma tinha um espírito aventureiro. O meu espírito era de férias, já que o personagem é muito leve, você não tem que ficar fuçando tanto dentro de você", conta Giane, que se despediu há pouco tempo do Anthony de "Verdades Secretas".

Comédia veio para ficar

Para os dois, a comédia brasileira, com uma linguagem mais próxima da novela, encontrou um nicho que veio para ficar. "A comédia pode ser de vários tipos. Pode ser mais escrachada, mais sutil, ter uma linguagem mais sofisticada. Podemos escorregar para vários caminhos", opina a atriz. 

Gianecchini também não crê que a força do gênero vá se esgotar tão rápido. "Tem que ter público para tudo, os filmes têm jeitos diferentes de se comunicar. Na comédia, você consegue até fazer uma crítica social mais forte, porque através do riso as pessoas estão mais abertas. É besteira ter preconceito. Mas uma hora vai abrir para outras coisas", acredita o ator.