Sequência da comédia "Vai que Dá Certo" aposta em mais ação e seriedade
Depois de levar mais de dois milhões aos cinemas em 2013, “Vai que Dá Certo” retornou esta semana com mais confusões de um grupo de amigos em busca de dinheiro fácil. Mas, desta vez, a trama uniu o humor à ação, com direito a sequências de tiroteio e um vilão mais sério: Elói, interpretado por Vladimir Brichta.
Ainda em uma situação financeira complicada, Rodrigo (Danton Mello), Tonico (Felipe Abib), Amaral (Fábio Porchat) e Danilo (Lúcio Mauro Filho) entram uma sequência de erros após tentarem lucrar com um vídeo comprometedor protagonizado pelo vilão. Com mais ação e drama, a história foi a saída encontrada pelo diretor Maurício Farias para mostrar o amadurecimento dos personagens sem distanciá-los muito das aventuras do primeiro filme.
“A ação, a tensão do filme, o envolvimento com uma coisa ainda mais séria, e as atitudes mais irresponsáveis: É o que eu acho que conseguiu colocar o filme nesse outro lugar. É isso o que a gente realmente tentou como autores, diretores e roteiristas”, explicou Farias, que também comandou o longa original.
Roteirista da comédia ao lado de Farias, Fábio Porchat é fã do gênero e ficou feliz por poder trazer outro toque para o longa. “Adoro esses filmes de James Bond da vida. Longe de comparar James Bond com nosso filme, mas eu me interesso por boas histórias. Se é ação, ficção científica, se é de zumbi, o que quer que seja, sendo uma história legal, eu quero ver. E é legal fazer um filme meio de ação, porque dá uma outra pegada, dá uma adrenalina diferente. A gente tem poucas comédias de ação aqui no Brasil e acho legal quando fazemos”.
Para realizar as cenas de ação, os atores foram preparados pela equipe de efeitos especiais de Sérgio Farjalla – já conhecida por parte do elenco por seus trabalhos em várias produções globais –, e aprovaram a experiência. “É voltar a ser criança, você brincar de bandido, dar tiro”, disse Lúcio Mauro Filho. “Dava ‘corta’ e o Vlad continuava. É muito gostoso, mas é gostoso quando ninguém se machuca. E para isso você precisa ter uma equipe muito correta e muito responsável. Eles deram toda a confiança, todas as ferramentas para fazer um filme de ação brasileiro”.
Mauro Filho, aliás, contracena novamente com seu pai, Lúcio Mauro, que interpreta o avô de Danilo e Rodrigo. A presença do ator veterano não era garantida na continuação, em parte por conta da fratura que sofreu no fêmur em 2012, mas ele aceitou retornar após uma conversa com Porchat. “Falei e aí meu velho, é pesado? ‘não, tranquilo, com Porchat está tudo certo’. E corta para o meu pai em um canavial, manco, correndo atrás da Natália Lage, dando tiro no interior de Paulínia. Que produção linda em que a gente pode trabalhar”, contou Mauro Filho, aos risos.
Adição feminina ao elenco
Em “Vai Que Dá Certo”, Natália Lage, a Jaqueline, era a única mulher em meio ao “clube do bolinha” dos protagonistas. Mas na continuação, ela ganhou a companhia de Verônica Debom, que interpreta a prima de Rodrigo, Simone. E a atriz acredita que as duas representam bem a ala feminina, apesar de estarem em meio a vários personagens machistas.
“É um filme de caras, um filme de meninos, os personagens são machistas, mas as mulheres são bem desenhadas, não são bobinhas, são mulheres com atitude, que trocam de igual pra igual. Acho que são duas mulheres que representam de uma maneira bacana e honesta também o universo feminino”, opinou.
Verônica concordou com a colega: “São mulheres fortes na tela, e vale lembrar que nossa equipe é cheia de mulheres fundamentais. Apesar de na tela ter mais meninos do que meninas, o filme é muito femininamente empoderado atrás das câmeras”.
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