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Críticas ruins podem ter afetado bilheteria de "Batman vs Superman" nos EUA

Do UOL, em São Paulo

29/03/2016 13h19

"Batman vs Superman: A Origem da Justiça" pode ter se tornado a maior abertura de um filme de super-herói no mundo e a melhor estreia de um filme no Brasil, mas o longa de Zack Snyder também conseguiu um outro recorde nem tão positivo: nos Estados Unidos, o filme teve a maior queda nas bilheterias entre sexta e domingo já registrada para um filme de super-herói.

A produção arrecadou cerca de US$ 82 milhões em seu primeiro dia de exibição na América do Norte e despencou para US$ 34 milhões no domingo (27), uma queda de 58%.

O número ultrapassa o "recorde" de "Quarteto Fantástico" (2015), que caiu 48% nas bilheterias entre sexta e domingo do fim de semana de estreia.

Analistas apontam que os números podem ser resultado do desinteresse do público mais amplo, desencorajado pelas más críticas que "Batman vs Superman" recebeu, enquanto uma legião de fãs corria para assistir ao filme em seu primeiro dia de exibição.

Já os defensores do longa acreditam que o feriado de Páscoa no domingo pode ter afastado muita gente dos cinemas. No entanto, esta hipótese não se sustenta por alguns motivos.

Estrelado por Ben Affleck e Henry Cavill, "Batman vs. Superman" mostra a aguardada batalha entre o Homem de Aço e o Homem-Morcego, com participações da Mulher-Maravilha (Gal Gadot) e do vilão Lex Luthor (Jesse Eisenberg).

Globalmente, o longa já atingiu a impressionante marca de US$ 424,1 milhões, tornando-se a quarta maior estreia da história. Nos cinemas dos Estados Unidos e Canadá, o filme arrecadou US$ 166 milhões no primeiro fim de semana.

Em primeiro lugar, porque a queda já foi grande entre sexta e sábado (38%). Em segundo lugar, os outros filmes na lista dos dez mais assistidos nos EUA no último fim de semana tiveram, em média, queda de apenas 34% no fim de semana, bem abaixo dos 58% de "Batman vs Superman".

Se a tendência de queda continuar, pode prejudicar os resultados finais do filme e os lucros da Warner, produtora do longa. Além disso, confirmaria a tese de que as más críticas afastaram o público mais amplo dos cinemas.