Tema de muitos filmes, Muhammad Ali protagonizou a própria cinebiografia
A vida de Muhammad Ali foi tão inacreditável que serviu muitas vezes como inspiração para o cinema. O tricampeão mundial e campeão olímpico de boxe, que morreu nesta sexta-feira (03) aos 74 anos, tinha presença na tela grande e já foi foco de especiais, documentários e até uma cinebiografia – onde Ali interpretava a si mesmo.
"The Greatest" [O melhor] não era apenas o apelido de Ali, mas também o nome do filme que marcou sua estreia nos cinemas. Dirigido por Tom Gries e Monte Hellman, o longa narra a história do lutador a partir dos Jogos Olímpicos de 1960 até 1974, na histórica luta contra George Foreman.
Ernest Borgnine interpreta o técnico Angelo Dundee e James Earl Jones dá vida ao líder político Malcolm X, mas quem vive Ali é o próprio -- o que torna o filme um registro único, repleto de imagens marcantes de suas lutas.
Ali gostou tanto de estar do outro da tela que voltou a atuar em 1979, no filme para TV “Freedom Road”, onde interpretou Gideon Jackson, um ex-escravo americano que se elege senador. Tema caro também na sua vida pessoal.
Sua vida voltaria a ser reencenada em 2001, com “Ali”, de Michael Mann. Desta vez, o lutador é vivido por Will Smith. Até então um ator típico de comédias e ação, Smith surpreendeu ao viver os dramas do boxeador, após a derrota contra Sonny Liston e a conversão ao Islã.
“Quando Éramos Reis”, de 1996, foi mais a fundo no personagem e ganhou o Oscar de melhor documentário. Foreman e Ali subiram ao palco da premiação para receber a estatueta, sob aplausos e reverências de uma centena de astros do cinema.
Não faltaram documentários, antes e depois do Oscar, que ajudassem a entender o fenômeno no esporte, como “Um Fenômeno Chamado Cassius Clay” (1970) e “Eu Sou Ali: A História de Muhammad Ali” (2014), mas que também esmiuçasse o homem político e ativista.
Em “A Maior Luta de Muhammad Ali” (2013), o cineasta britânico Stephen Frears foca na luta fora do ringue, na Justiça americana, em 1967, quando Ali se recusou a ir a prestar serviços militares, e por consequência se negar a participar da Guerra do Vietnã, por questões religiosas. O boxeador teve que lidar com consequências. Seus advogados o livraram de passar cinco anos na prisão, mas o ídolo perdeu a licença para lutar. Mais adiante, perdeu também o título mundial dos pesados.
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