Trollada: Trolls da internet opinam sobre a animação "Trolls"
Contrariando uma das leis básicas do século 21, a DreamWorks quer alimentar os trolls.
Apesar da origem no folclore escandinavo, as criaturas se tornaram a mais proeminente sensação quando foram manufaturadas na tradição capitalista tipicamente norte-americana.
O fenômeno das bonequinhas troll encantou gerações com seus cabelos espetados e olhares perturbadores. Era o alvorecer dos anos 1960 quando os trolls saíram das florestas nórdicas para invadir as bolsas e mochilas da criançada ao redor do mundo.
E por lá continuaram durante as décadas seguintes, até que a virada do milênio aposentou a moda --assim como fez com a pochete, o walkman e a carreira do Rafael Ilha.
Provavelmente pela contínua falta de ideia melhor, os criadores de Shrek resolveram fazer uma animação musical trazendo de volta esses brinquedos pitorescos em um longa-metragem que estreia nesta quinta-feira (27) nos cinemas brasileiros.
Mas nesse meio tempo, surgiu um outro tipo de troll. Algo que o Galvão Bueno chama, inocentemente, de amigo internauta.
O troll pós-moderno habita fronteiras muito distantes de qualquer mítico jardim escandinavo. A criatura vive nas apertadas e desconfortáveis caixas de comentários da internet.
São cidadãos munidos de muito tempo livre e apenas uma missão: azucrinar quem estiver por perto.
O estúdio responsável pelo filme se preocupou em não dar espaço para tão desagradável público. Tratou de convocar um elenco de dubladores que provavelmente ostenta o menor índice de rejeição de Hollywood --o infalível Justin Timberlake, a milimetricamente fora dos padrões Anna Kendrick, o motorista preferido das celebridades James Corden e Gwen Stefani, a Elke Maravilha deles.
Não funcionou. Basta dar uma navegada pelo material promocional do filme publicado no YouTube para descobrir que os Trolls não ficaram livres dos trolls.
Pelo menos o filme é para crianças.
Troll patriota valorizando o produto nacional
Debate de alto nível sobre a indústria do entretenimento
Conexões perigosas
Ironia e o próximo estágio da língua portuguesa
Pelo menos tem de outras cores
O marketing do filme sugere que procuremos por nossa felicidade. Um bom começo é saber que jamais encontraremos em comentários anônimos da internet.
Voltamos a qualquer momento com novas informações.
* Chico Barney é entusiasta e divulgador da cultura muito popular. Escreve sobre os intrigantes fenômenos da TV e da internet desde 2002.
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