Cinco lições para aprender com "A Rainha de Katwe", novo filme da Disney
Da infância na favela de Katwe, na capital de Uganda, a campeã de xadrez reconhecida internacionalmente. Esta é a história de Phiona Mutesi, de 20 anos, peça principal do filme "A Rainha de Katwe" (pronuncia-se "Ka-tu-e"), produção da Disney com a ESPN que estreou no Brasil nesta quinta-feira (24).
Baseado no livro de 2012 do americano Tim Crothers, o drama biográfico traz do início ao fim lições de vida até para quem nunca enfrentou um tabuleiro de xadrez.
"A Rainha de Katwe" ainda se destaca por levantar temas como representatividade e o papel da mulher na sociedade. O elenco é 100% negro e diverso. Entre eles a mexicana de origem queniana e vencedora do Oscar Lupita Nyong'o ("12 Anos de Escravidão") e o britânico David Oyelowo ("Selma"). A protagonista é a estreante Madina Nalwanga, natural de Uganda, assim como boa parte do elenco.
A direção fica a cargo de uma mulher, a indiana radicada nos Estados Unidos Mira Nair, que faz questão de destacar os traços de uma sociedade machista em personagens tanto femininos quanto masculinos.
Veja a seguir algumas das lições extraídas da história da brilhante Phiona Mutesi.
Liberte-se de preconceitos
Na primeira vez em que Phiona decide participar da turma de alunos de xadrez do mestre Robert Katende, ela é extremamente mal recebida por seu cheio forte, chegando a ser comparada a uma porca por seus colegas tão desfavorecidos quando ela. Mas em vez de baixar a cabeça, ela enfrenta o problema e acaba virando exemplo para os outros.
O preconceito de parte da comunidade de Katwe com os enxadristas também teria sido mais um obstáculo na vida e na carreira de Phiona, não fosse seu mestre. Os moradores viam o xadrez como esporte de azar, chegando a até mesmo chamar os jogadores de apostadores. Robert Katende tem então de convencer a mãe de Phiona que o esporte não é um jogo de azar, mas sim um aliado para as crianças.
No xadrez, o pequeno vira grande
"O pequeno vira grande" é a primeira lição mostrada no filme e o fio condutor que leva Phiona a se interessar ainda mais pelo esporte. O peão, a peça mais fraca do jogo, vira rainha depois de atravessar todo o tabuleiro. Esta é uma das jogadas que uma das alunas passa para Phiona logo no início. A metáfora se aplica ao título do filme (rainha também é uma peça de xadrez) e acaba servindo para mais situações.
O cérebro é a sua mais poderosa ferramenta
Phiona não era nem mesmo alfabetizada quando começou a jogar xadrez, aos nove anos. A menina aprendeu o complexo jogo apenas observando com muita atenção a função de cada peça e jogada. Posteriormente, Phiona é alfabetizada pela mulher de seu treinador, o que ajudou a aperfeiçoar ainda mais suas técnicas.
O caminho mais fácil nem sempre é o melhor
A personagem que melhor simboliza a máxima é a irmã ausente de Phiona, Night (Taryn Kyaze). A mais velha da família deixa o subúrbio para ficar com um homem da área mais favorecida da cidade, seguindo a crença das mulheres que a cercam de que aquela era a única forma de sair da situação de extrema pobreza.
Mesmo viúva, a mãe, Harriet (Lupita Nyong'o), se recusa a se render ao pensamento coletivo e segue vendendo legumes e temperos nas ruas para sustentar seus outros três filhos.
O destino acaba se mostrando mais generoso para ela e para as crianças do que para Night.
Desenvolva suas próprias estratégias
Phiona chama a atenção de seu treinador justamente quando prova que absorve o conhecimento que lhe é passado e com isso consegue desenvolver suas próprias estratégias de jogo. Ela enxerga oito jogadas à frente, enquanto seu mestre vê três ou quatro. Em certo momento, Robert chega até mesmo a se questionar se tem capacidade de treinar uma jogadora tão genial quanto a menina prova ser.
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