Topo

"Aquarius" e "Boi Neon" entram na lista dos dez melhores filmes do NY Times

Juliano Cazarré em cena do filme "Boi Neon" na lista dos melhores do ano - Reprodução
Juliano Cazarré em cena do filme "Boi Neon" na lista dos melhores do ano Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

07/12/2016 16h52

Os três principais críticos de cinema do jornal americano "The New York Times", Manohla Dargis, A. O. Scott e Stephen Holden, elegeram nesta quarta-feira (7) os dez melhores filmes do ano. Os brasileiros “Boi Neon” e “Aquarius” aparecem na lista, ao lado de “A Chegada”, “Festa da Salsicha” e “O.J. Made in America”.

“Aquarius” ocupou a sétima posição na lista de A. O. Scott, que justificou a escolha dizendo que o longa reflete a atual situação do Brasil.

“Kleber Mendonça Filho acompanha as mudanças que sacodem o Brasil e as mostram, indiretamente, na vida de Clara, interpretada pela ótima Sônia Braga. Mãe, sobrevivente do câncer e ícone cultural, sensual e intelectualmente independente, ela é uma heroína apropriadamente enraizada e indomável aos nossos tempos.”

“Boi Neon”, por sua vez, apareceu na sexta colocação da lista do crítico Stephen Holden. “Este filme brasileiro, dirigido por Gabriel Mascaro, mostra o intenso e pungente mundo da vaquejada”, explica ele, que elogia o ator Juliano Cazarré. O crítico também elegeu "Aquarius", que ficou na nona posição. 

“É um bonito cowboy que sonha em ser estilista. Nesta profunda e sexy reflexão sobre homem e animal, os cavaleiros usam colônias extravagantes para camuflar os cheiros da roça.”

Embora nem “Aquarius” nem “Boi Neon” figurem no top 10 de Manohla, a crítica foi a única que divulgou uma lista extra, batizada de “Other Loves”, com o nome de "Aquarius" e de outros 15 filmes que também valem destaque.

No Facebook, o diretor Kléber Mendonça Filho agradeceu as indicações. "Muito simbólico que é a Cultura quem continua representando o Brasil no mundo, e bem. Lembro que, em 2012, 'O Som ao Redor' foi listado como Melhores do Ano, e agora vejo dois brasileiros/pernambucanos em 2016. É muito significativo", escreveu.