Invasão na Disney: Conheça quatro brasileiros que trabalharam em "Moana"
O Brasil está investindo em um novo mercado de exportação: o de profissionais de animação, aqueles que trabalham para dar vida aos nossos desenhos animados preferidos. E a Disney parece ser uma das maiores importadoras desses talentos: ao menos 12 profissionais já deixaram o país para se instalar em Los Angeles, onde fica a sede do estúdio. E oito deles fizeram parte do time que trabalhou em "Moana", que estreia nesta quinta-feira (5).
O UOL conversou com quatro desses brasileiros: Eric Araujo (animador de efeitos), Ivan Oviedo (animador), Victor Hugo Queiroz e Pedro Conti (desenvolvimento de look). Além deles, também trabalharam em "Moana" Vitor Vilela (animador), Natalia Freitas (desenvolvimento de look), Renato dos Anjos (supervisor de animação), e Leo Matsuda, diretor do curta "Trabalho Interno", que acompanha o longa nos cinemas.
Victor Hugo Queiroz, 30, que nasceu e cresceu no bairro de Interlagos, na zona sul de São Paulo, conta que a Disney estava recrutando durante um festival de animação em Troia, Portugal. Foi lá que o rapaz se inscreveu no teste. Um ano depois, já estava confortavelmente instalado nos estúdios Disney falando de sua participação no primeiro grande trabalho, a megaprodução "Moana". Mora com a mulher e quatro gatos (Paco, Lulu, Juanito e Ramón) em Los Angeles, adora jogar "Street Fighter" e prefere MMA a futebol. Está em casa.
Pedro Conti, 29, tinha estúdio em São Paulo e hoje faz parte do time dos brasileiros na fábrica de sonhos da Disney. “É maravilhoso fazer parte disso, saber que você pode influenciar numa produção desse nível, dar seu palpite. E sabendo que vai levar isso de volta para o Brasil, que seu conhecimento vai se refletir no nosso mercado”, celebra. “Aqui, o intuito final é sempre fazer um bom filme, e não criar um efeito que seja impressionante. A história é que guia tudo”.
Já esquecendo palavras em português, Eric Araujo é o veterano da turma. Vive há oito anos nos Estados Unidos, e "Moana" é seu quinto filme. “Aqui, existe uma seriedade em se fazer bem feito um trabalho. E isso vai além de se fazer bonito ou divertido”, conta. “O filme passa por um processo extenso no qual cada profissional é envolvido num determinado estágio. É realmente um trabalho de equipe, todo mundo faz o melhor que pode, cada um colabora da melhor forma. E a gente vê a evolução. Tratam o trabalho da gente com um cuidado que é surpreendente”, diz Araujo.
Para Ivan Oviedo, o mercado brasileiro de animação está em crescimento, mas ainda longe de chegar perto do americano. Há dois anos nos Estados Unidos, o paulistano de Cidade Adhemar já tem dois filmes no currículo. Desde que começou a desenhar, sonhava em trabalhar na Disney. “Hoje, tenho o prazer de trabalhar com alguns animadores que eu sempre admirei, como Eric Goldberg, que está na equipe do filme”, conta. “Para mim, além de animação, eu também desenho. Sempre fui fascinado pelo lance da animação. O que pode acontecer depois dessa experiência, nem penso. Tento aprender o melhor, vivo cada dia e não fecho portas”, diz Oviedo.
Para ele, há um componente incomparável em fazer parte de uma equipe de filmes da Disney: “ Você pode presenciar pessoas no cinema se divertindo, se emocionando com as coisas nas quais você trabalhou, e isso é maravilhoso”.
Ele conta que os brasileiros da Disney estão sempre conversando. Têm bom relacionamento. “O fato de alguns estarem há mais tempo aqui facilita, a gente acaba aprendendo bastante com eles”, pontua. “Todo filme feito aqui existe uma preocupação em respeitar qualquer cultura que é apresentada. 'Moana' é um filme grandioso, épico. Para quem gosta do gênero, vai ser uma diversão. Sempre tem muito humor, muita aventura”, diz Oviedo.
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