No Brasil, Hugh Jackman fala de "Logan": "É sobre envelhecer e morrer"

Hugh Jackman chegou ao Brasil neste domingo (19) de pré-Carnaval um tanto nostálgico. Após apresentar "Logan", terceiro filme solo de Wolverine, e seu último no papel do mutante, o ator relembrou dos primeiros testes para encarnar o personagem no cinema em 2000, quando “X-Men”, de Bryan Singer, deu início à febre dos filmes de super-heróis no novo século.
"Nunca tinha ouvido falar dos X-Men. Minha esposa achava a ideia ridícula, não queria que eu fizesse. Foi a única sugestão errada que ela me deu", disse Jackman para uma plateia de fãs e jornalistas, em São Paulo. Dezessete anos depois, com “Logan”, o ator australiano disse que chorou ao assistir o filme pronto. "Senti que alcançamos o coração do personagem", constatou.
"Há 17 anos ninguém entendia o tamanho do grupo de fãs de quadrinhos, de super-heróis, e até os amigos achavam que não daria em nada. E aqui estamos, quase duas décadas. Bryan Singer tomou algumas decisões ousadas desde o primeiro X-Men. E ele disse que estávamos fazendo um filme sobre pessoas e discriminação, não um filme sobre super-heróis”, observa Jackman. “Eu espero que Logan seja enxergado como uma revolução tão grande quanto o primeiro X-Men."
O novo filme, dirigido pelo mesmo James Mangold de "Wolverine Imortal" (2013), dá um passo além do espetáculo. “É um filme sobre envelhecer, morrer. Sobre família, sobre se conectar. E sobre o custo de se conectar uns aos outros", explica o ator australiano. “Chamar de 'Logan' foi essencial, porque aborda o homem, não o super-herói. É minha história favorita.”

Jackman interpreta o personagem mais velho, amargo e em um mundo sem mutantes. Ele dirige uma limusine e cuida do professor Xavier (Patrick Stewart), antes a mente mais poderosa do planeta, agora um nonagenário que precisa de drogas para não ter nenhum surto e não fritar o cérebro de quem estiver perto.

"Eu me senti igualmente cansado ao interpretar um Wolverine envelhecido. Ele não sente mais esperança. Ele não parece um cara legal, mas ainda tenta manter o coração”, conta. “Fazer um road movie é difícil, cansativo. Era quente, era duro, mas também era doce."
"O maior medo de Logan não são seus inimigos, e sim a intimidade, de estar perto de pessoas que ele gosta. Por isso que criar uma família para ele foi essencial para a narrativa", explica.
Com a decisão de não voltar mais ao personagem, Jackman também viui a necessidade em ficar mais tempo com sua mulher e filhos, sem deixar de buscar projetos que, assim como ‘Logan’, emocione. “Espero que esse filme seja lembrado muito além de minha interpretação.”
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.