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Diretor de "O Silêncio dos Inocentes", Jonathan Demme morre aos 73 anos

Jonathan Demme apresenta "O Casamento de Rachel" no Festival de Veneza em 2008 - AFP PHOTO / DAMIEN MEYER
Jonathan Demme apresenta "O Casamento de Rachel" no Festival de Veneza em 2008 Imagem: AFP PHOTO / DAMIEN MEYER

Do UOL, em São Paulo

26/04/2017 12h06

Diretor de um dos clássicos do suspense, “O Silêncio dos Inocentes”, Jonathan Demme morreu na manhã desta quarta-feira (26) em Nova York. O cineasta americano tinha 73 anos. Segundo o site "Variety", a causa da morte foi um câncer no esôfago e complicações de doenças cardíacas.

Demme tratava da doença desde 2010, mas sua saúde ficou mais debilitada a partir de 2015, o que não o impediu de trabalhar em novos projetos com Meryl Streep, em "Ricki and the Flash: De Volta pra Casa", no mesmo ano, e com Justin Timberlake no documentário musical "Justin Timberlake + The Tennessee Kids" em 2016. Seu último filme, sobre a turnê do cantor, é uma produção exclusiva Netflix.

Trailer de "O Silêncio dos Inocentes"

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Suspense siderou plateias

A carreira do cineasta foi marcada por uma produção criativa e extremamente versátil, que atingiu sucesso comercial com as comédias dos anos 1980, como “Melvin e Howard” e “Totalmente Selvagem”, e aval da crítica, sobretudo musical, com o registro do show da banda Talking Heads, “Stop Making Sense”.

Mas foi com a história do psicopata canibal Hannibal Lector (Anthony Hopkins) e da jovem detetive Clarice Starling (Jodie Foster) que Demme chegou ao patamar dos grandes diretores.

O impacto do suspense deixou as plateias sideradas e, com o passar dos anos, “O Silêncio dos Inocentes” se tornou uma das obras mais emblemáticas dos anos 1990. Com tanto sucesso, o filme conquistou os cinco principais Oscars em 1991, incluindo o de melhor filme e diretor, algo raro na história da premiação.

Dois anos mais tarde, o diretor ganharia o mesmo prestígio com o drama “Filadélfia”, uma das primeiras produções hollywoodianas a abordar diretamente questões ligadas a HIV e a homofobia. O filme deu a Tom Hanks seu primeiro Oscar de melhor ator. 

Anos mais tarde, com "O Casamento de Rachel", ganhou elogios no Festival de Veneza de 2008 e foi responsável pela primeira indicação de Anne Hathaway na categoria de melhor atriz.

"Filadélfia" (1993): Hanks ganhou o primeiro Oscar por seu personagem soropositivo Andrew Beckett - Reprodução - Reprodução
"Filadélfia" (1993): Hanks ganhou o primeiro Oscar por seu personagem soropositivo Andrew Beckett
Imagem: Reprodução