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Israel espera arrecadação histórica nos cinemas com "Mulher-Maravilha"

Outdoors do filme "Mulher-Maravilha" com os dizeres "Nós te amamos" foram espalhados por Israel - Divulgação/Nur All Stars Advertising Billboards - Divulgação/Nur All Stars Advertising Billboards
Outdoors do filme "Mulher-Maravilha" com os dizeres "Nós te amamos" foram espalhados por Israel
Imagem: Divulgação/Nur All Stars Advertising Billboards

Do UOL, em São Paulo

01/06/2017 13h13

A máxima "o bom filho à casa torna" parece funcionar com Gal Gadot - mesmo que seja nas telonas. A heroína do momento é sinônimo de orgulho em sua terra natal, Israel, ainda mais depois da produção da DC ser banida no Líbano, em guerra há décadas com o país vizinho.

A expectativa é que "Mulher-Maravilha" arrecade US$ 1,8 milhão de dólares nos cinemas locais apenas nesta semana, valor superior da estreia de "Batman Vs Superman" (US$ 1,1 milhão), primeiro filme que a ex-soldada do exército israelense aparece como a guerreira amazona. As informações são do "Hollywood Reporter".

Para promover o filme, outdoors com mensagens de apoio à Gadot brotaram na capital Jerusalém. Antes de tentar a vida em Hollywood, a atriz permaneceu dois anos nas forças israelenses e ainda se consagrou miss em 2014. 

Segundo o colunista Adi Rubinstein, do jornal local "Israel Hayom", "não há um israelense que não a apoie. Gadot é o produto número um na televisão no mundo - nenhum formato, ideia ou israelense pode fazer tanto sucesso quanto o que Gadot tem feito no último mês".

"Mulher-Maravilha" estreia nesta quinta-feira (01) nos cinemas brasileiros.

Líbano x Israel

O Líbano proibiu oficialmente "Mulher-Maravilha" no país nesta quarta-feira (31), cerca de duas horas antes do lançamento do filme nos cinemas do país. A Warner Bros. não comentou o caso.

A campanha contra o filme da DC veio principalmente porque a intérprete da heroína foi uma soldada do exército israelense por dois anos e já demonstrou apoio pelas políticas militares de seu país na Faixa de Gaza. Um grupo chamado Campaign Boycott Supporters of Israel-Lebanon está por trás dos ataques contra o filme.

Para a "Fashion Magazine", a atriz disse que "o exército exige muito porque é necessário desistir de sua liberdade por dois anos, mas é especial poder contribuir com a comunidade", disse ela.

"Um dia, espero que a gente tenha paz no Oriente Médio e que todos possam viver em harmonia. Eu gostaria que nenhum país tivesse exército, mas é assim que funciona em Israel. É obrigátório e eu fiz a minha parte. Mas o exército não foi difícil para mim. Me deu um bom treinamento para Hollywood", disse ela. 

O Líbano está oficialmente em guerra contra Israel, e há décadas boicota produtos do país vizinho, além de barrar cidadãos a terem contato com israelenses e até de viajarem para a nação inimiga.

A estrela Gal Gadot é uma defensora da defesa do exército israelense e serviu na organização terrorista", escreveu um dos contrários ao filme de Hollywood."Gal Gadot, você demonstrar seu apoio apenas mostrar que é tão má quanto o infanticida exército de Israel", opinou outro.