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"OITNB" voltou! Atriz diz que temporada "não vai ser fácil de assistir"

Quinta temporada de "Orange is The New Black" começa de onde a quarta parou - Reprodução/Netflix
Quinta temporada de "Orange is The New Black" começa de onde a quarta parou Imagem: Reprodução/Netflix

Beatriz Amendola

Do UOL, em Miami*

09/06/2017 10h15

“Orange is the New Black” nunca foi só comédia. Mas, entre estupros, morte e abuso de autoridade, ela atingiu o ápice do drama na quarta temporada, a mais difícil de assistir até então. A quinta, que estreia nesta sexta-feira (9), recupera um pouco da leveza da série – mas segue se aprofundando em temas espinhosos.

O novo ano começa no exato ponto no qual o último parou: após a morte de Poussey (Samira Wiley) por um policial, as detentas dão início a uma rebelião em Litchfield, e Daya (Dascha Polanco) surge com a arma em punho, apontada para um guarda. Se ela atira ou não, não vamos contar – o que importa é que, a partir daí, a série oferece um mergulho intenso dentro dos três dias de rebelião.

Gloria (Selenis Levya) em cena da quinta temporada de "Orange Is the New Black" - Jojo Whilden/Netflix/Divulgação - Jojo Whilden/Netflix/Divulgação
Gloria segue tentando cuidar de Daya na nova temporada de "OITNB"
Imagem: Jojo Whilden/Netflix/Divulgação

“Estamos a 100 quilômetros por hora”, adianta Dascha Polanco em entrevista ao UOL. “Há muita opressão, você vai ver prisioneiras novos, prisioneiras que não estão mais lá, você vai ver que tem muita cosia acontecendo”.

E tem mesmo. Os seis episódios já conferidos pelo UOL acompanham da liderança das latinas ao afastamento de Piper (Taylor Schilling) do movimento, passando por histórias de personagens que, até então, pouco haviam sido exploradas.

Mas, com a rebelião, são as consequências dos problemas administrativos da prisão que ficam ainda mais aparentes na vida das protagonistas – em sua maioria, mulheres com quase nenhum privilégio. “As mulheres são tão ignoradas nessas instituições. E essa temporada especificamente é sobre a prisão, a estrutura de Litchifield em si”, explica Dascha. “É sobre o lado de fora e o quanto ele tem afetado as vidas de todas as mulheres dentro da prisão. E sobre como, agora, ou você se une, ou desiste. Foi interessante ver como isso é intenso e impactante, porque é a mesma coisa que estamos vivendo agora nos Estados Unidos”. 

E se o tema da temporada pode pesar para quem assiste, para quem está à frente das câmeras, também. “Essa temporada não vai ser fácil de assistir”, diz Selenis Levya, a Gloria. “Não foi fácil de fazer, porque o fato de a história se passar em três dias significa que cada uma de nós tinha que manter o mesmo nível de energia do primeiro dia por seis meses. Não foi uma temporada fácil de filmar, ainda mais vindo de uma temporada que já havia sido tensa”.

Até Jackie Cruz, que interpreta a divertida Flaca, sentiu um baque nas gravações. “Essa temporada foi diferente para mim. Sou uma das personagens que fazem rir, mas também foi muito forte. Quando você chega em casa, tem que tomar um banho, relaxar. Às vezes me irrito com meu namorado, ele pergunta o que aconteceu e eu respondo [imitando Flaca] ‘sei lá’. Algumas vezes é difícil deixar a personagem nos estúdios”.

Em dois dos novos episódios, porém, elas tiveram o apoio de colegas de elenco por trás das câmeras, como diretores: Laura Prepon, a Alex, e Nick Sandow, o Joe Caputo. “Trabalhar com um colega e saber que pode ir o mais longe possível, porque ele vai cuidar de você, é lindo”, diz Selenis.

*A jornalista viajou a convite da Netflix