Protagonista negra responde acusações de "genocídio branco" em "Star Trek"
A atriz Sonequa Martin-Green, que protagoniza a nova versão da série "Star Trek", respondeu aos comentários racistas que a série tem recebido na web desde a divulgação de seu primeiro trailer em maio. Internautas têm escrito comentários ofensivos, em geral, direcionados à diversidade do elenco.
"Eu encorajo essas pessoas a se apegarem à essência e ao espírito de 'Star Trek', que foi o que construiu o legado da série", disse Martin-Green em entrevista à "Entertainment Weekly".
Para ela, a série se tornou um fenômeno cultural porque espalhou o pensamento de que todos são iguais. "Olhar para a pessoa sentada à sua frente e perceber que vocês são iguais, que vocês não estão separados, e que todos somos um. Isso é algo que 'Star Trek' sempre sustentou, e eu acredito que foi o que possibilitou a série ficar no coração de tantas pessoas por tantas décadas", afirmou a atriz.
Além de Martin-Green, que interpreta a oficial Michael Burnham, o elenco de "Star Trek: Discovery" conta com Michele Yeoh como a Capitã Georgiou e com Anthony Rapp, que vive o primeiro personagem abertamente gay da franquia.
Um artigo publicado na revista "The New Yorker" destacou o uso do termo "genocídio branco" entre as pessoas que desaprovaram a escalação de Martin-Green para protagonizar "Star Trek: Discovery". A produção também foi apelidada de "Star Trek Feminista Lésbica" na web.
Considerada ultraprogressista desde seu lançamento nos anos 1960, "Star Trek" mostrou o primeiro beijo inter-racial da história da TV americana e tem como um de seus temas principais a habilidade de humanos e outras espécies de superarem as diferenças para resolver problemas.
"É difícil entender e apreciar 'Star Trek' se você não entende e aprecia isso", diz Martin-Green. "[Diversidade] é um dos princípios fundamentais da série, e eu penso que, se você perde isso, você perde todo o legado. Estou incrivelmente orgulhosa de protagonizar a produção e mostrar esse mundo pelos olhos de uma mulher negra, algo que ainda não tinha sido feito. Sinto que estamos dando um passo adiante, e acho que é algo que todas as histórias deveriam fazer", conclui Martin-Green.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.