"Nego um monte de coisa que Hollywood me chama", diz Wagner Moura
Com diversos trabalhos no exterior no currículo, como no filme "Elysium" e na série de TV "Narcos", o ator Wagner Moura afirmou em entrevista a Pedro Bial, na noite desta terça-feira (12), que é convidado para atuar em várias produções de Hollywood, mas nega "um monte de coisas". O ator falou também sobre política, família e a polarização da opinião pública.
"Nego um monte de coisa que Hollywood me chama para fazer. Nós latinos somos o grupo mais sub representado em Hollywood. Só 5% das personagens são latinas e aparecem estereotipadas. Quero produzir conteúdo lá e lutar contra esses estereótipos", disse o ator.
O baiano explica como escolhe o que fazer. "O meu critério hoje para escolher personagem é o que aquilo vai acrescentar na minha vida. Pablo Escobar me deu um pertencimento tão grande, estudei o narcotráfico, o combate às drogas. Aprender a língua espanhola me deu pertencimento da cultura latina. Eu me senti pela primeira vez latino naquela série", disse, referindo-se a "Narcos", da Netflix.
Depois de interpretar o colombiano, ele tentou emagrecer. "Engordei 20 kg para fazer o Escobar, mas ainda não me livrei. Fiz uma super dieta vegana, queria me livrar da barriga e daquela energia que fica em você. Consegui perder uns 13 Kg, 14Kg, dos quais já retomei (risos)".
Por enquanto ele se dedica ao filme sobre a vida do guerrilheiro Carlos Marighella. "Nesse momento de polarização, a iniciativa privada não quer investir nesse tipo de filme. As nossas leis de incentivo à cultura, tão demonizadas, são essenciais para a produção. Marighella é um personagem fundamental da nossa história recente que foi apagado pela ditadura militar".
E não abre mão de seus planos como diretor, no futuro. "Quero fazer um filme de ação. Existe uma lacuna de mercado no cinema brasileiro, ação é o tipo de filme que a gente menos produz.Vou fazer um filmaço", aposta.
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