Os melhores filmes de guerra a gente conhece, mas quais são os piores?
O épico sobre a Segunda Guerra "Dunkirk" chegou aos cinemas na última quinta-feira (27) já tendo conquistado os críticos. Será que o público também vai colocar o filme de Christopher Nolan no panteão dos clássicos, como "O Resgate do Soldado Ryan" e "Apocalypse Now"? O UOL selecionou alguns filmes que certamente não entram para as listas dos melhores quando o tema é guerra.
"Pearl Harbor" (2001)
O diretor Michael Bay fez um filme sobre o ataque japonês à base norte-americana dando pitadas ficcionais em um contexto histórico. Com aquele jeitão que cativa bilheterias, explosões, um romance cheio de obstáculos e a volta por cima renderam ao filme quase US$ 500 milhões, mas não foi marcante. Peter Rainer, da "New York Magazine", comparou o longa com um "videogame em grande escala". Anthony Lane, do "New Yorker", ainda resumiu que "o efeito de assistir ao filme de Bay é de jogar uma grande e pontuda rocha na própria cabeça".
"Comando Delta" (1986)
Chuck Norris faz tudo o que o consagrou no cinema nesta produção da década de 80. Com o símbolo dos filmes de ação não tem conversa, primeiro ele usa a bazuca e depois abre a boca. O pastelão surreal que destrói a cidade de Beirute, no Líbano, não entra para o ranking dos melhores filmes, apesar de ser um prato cheio para uma "Sessão da Tarde" destinada a maiores de idade. A "Variety" apontou que o filme é "um exercício de realizações de desejos para aqueles que favorecem o uso da força em vez da diplomacia"; já o "Los Angeles Times" escreveu que nem "Chuck Norris conseguiu salvar o filme" e que a produção "já foi vista antes e de forma bem melhor diversas vezes".
"Uma Batalha no Inferno" (1965)
O filme estrelado pelo mestre do faroeste, Henry Fonda, é impreciso com relação aos fatos históricos, geográficos e climáticos. O filme foi considerado tão ruim na época que o ex-presidente norte-americano Dwight D. Eisenhower, um general de cinco estrelas do exército, organizou uma coletiva de imprensa para apontar os equívocos da produção dirigida por Ken Annakin. Em 1965, a crítica do "New York Times" apontou que "o que é ofensivo sobre o filme - e ofensivo para o mundo - é a distorção evidente de material e da história para se adequar ao cinema de massa".
"Códigos de Guerra" (2002)
O diretor John Woo não acertou a mão desta vez. A história verídica da participação de uma tribo na criação de um código baseado em sua língua (e que ajudou os Estados Unidos a vencer a Segunda Guerra, claro) prometeu muito e não cumpriu. E olha que a culpa nem foi do protagonista Nicolas Cage, cuja atuação foi elogiada na época, mas que interpretou Joe Enders em uma contexto considerado "clichê" pelos críticos. "O filme parece fora de contexto, fora de foco", resumiu Stephen Hunter, do "Washington Post", enquanto Steven Rosen, do "Denver Post", escreveu que "'Códigos de Guerra' deveria se atentar mais ao potencial dramático da verdadeira história".
"Memphis Belle - A Fortaleza Voadora" (1990)
Os críticos apoiaram a direção de Michael Caton-Jones, mas o roteiro sem graça acabou afundando o filme "do começo ao fim". A produção caiu em uma sequência de ação estereotipada e foi rapidamente esquecida, mas as atuações de Matthew Modine, Eric Stoltz, Tate Donovan e D.B. Sweeney, além da estreia do cantor Harry Connick Jr. no cinema, foram os destaques para os críticos. Hal Hinson, do "Washington Post", comparou o filme com "Top Gun", trazendo "cinismo e uma postura de 'machão'" que não alçou voo.
"Revolução" (1985)
Um filme sobre a Revolução Americana com Al Pacino e Donald Sutherland? Claro que as expectativas eram enormes para a produção dirigida por Hugh Hudson ("Carruagens de Fogo"), mas os críticos odiaram e nas bilheterias o resultado foi ainda pior. Após fazer o filme, Al Pacino ficou entrou em um hiato de quatro anos até voltar às telonas com "Vítimas de Uma Paixão". "É o pior filme de 1985", decretou Peter Travers para a "People Magazine"; "Um desastre quase inconcebível", escreveu um surpreso Tony Rayns, do "Time Out".
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