Tristeza e preocupação: atores contam como é lidar com o fim próximo de GoT
Para a tristeza de muitos fãs, “Game of Thrones” já prepara sua despedida: após o episódio deste domingo (27), o último da sétima temporada, só restarão mais seis, que colocarão o ponto final na saga adaptada dos livros de George R. R. Martin. E se para o público já é difícil lidar com a iminência do fim, para os atores também não é fácil saber que em breve dirão adeus à série mais comentada do mundo.
Em maio, o UOL foi a Londres para conversar com parte do elenco da produção, e, entre o sentimentalismo e o fantasma do desemprego, a nostalgia entre as estrelas já era forte, mesmo que a oitava temporada só comece a ser filmada em outubro.
Sophie Turner, que começou sua carreira interpretando Sansa e hoje é uma das jovens atrizes mais badaladas de sua geração, disse que o fim traz vários sentimentos conflitantes – além da possibilidade de finalmente poder deixar as madeixas longas e ruivas de lado.
“É assustador. É empolgante, mas eu estou muito triste por deixar Sansa para trás, estou triste por deixar minha família para trás. É empolgante porque agora tenho tempo para trabalhar em outros projetos, é um grande passo, é uma evolução. Eu posso pintar o meu cabelo de preto agora, cortar o cabelo na altura do queixo. Há muita liberdade envolvida nisso, Mas é assustador deixar essa tela de segurança para trás. Estou muito assustada”.
A atriz, que nos cinemas vive a mutante Jean Grey e será o grande destaque de “X-Men: Dark Phoenix”, ainda demonstrou preocupação com os futuros projetos: “Todos nós pensamos ‘é tudo ladeira abaixo agora? É esse o pico das nossas carreiras? é a ultima coisa que vamos fazer?’ E é assustador, porque ‘Game of Thrones’ fez muito sucesso, então definitivamente há uma pressão para selecionar projetos que estejam à altura, e é muito difícil encontrar projetos assim. Eu me preocupo que esse seja o auge da minha carreira ou que as pessoas só me vejam como Sansa, então tenho que me esforçar muito para escolher papéis que vão me diferenciar como atriz e permitir que eu me dissolva no personagem”.
A preocupação não é exclusividade de Sophie. John Bradley, o Sam, também acredita que será difícil atuar sem estar na série, seu primeiro trabalho como ator. “O problema que tenho agora é que a maior parte das coisas que vou fazer serão significativamente menores em termos de escala, de orçamento e de magnitude”, afirmou. “Tive um começo muito bom ao ser escalado em algo excepcional logo no meu primeiro trabalho, mas agora eu tenho de comparar tudo a ele, e a chance de que eles cheguem à altura de ‘Game of Thrones’ é bem baixa”.
Debochado, Liam Cunningham resumiu a chegada do fim de forma bem-humorada: “É bom chegar até aqui, mas agora está para acabar e meu gerente do banco está se cagando”. E o veterano que já trabalhou em mais de 100 produções também tem a caçada ao próximo emprego em mente. “O problema de fazer algo tão popular é que quando ele acabar vai ser uma dor de cabeça pra encontrar outro. Eu estou nostálgico, não quero que acabe porque não quero ter de procurar outro”, disse, aos risos.
Tristeza
Entre elenco e produção, os sentimentos também já estão à flor da pele. “Há um clima meio triste no ar, por saber que, basicamente, acabou”, contou Isaac Hempestead Wright, o Bran. “Só tem a oitava temporada depois. A equipe, em geral, acho que está aliviada, porque são oito anos em Belfast [na Irlanda do Norte]”.
Aos 18 anos, o ator, que era uma criança quando a série começou, disse que só agora se deu conta do quão grande é a série. “Conforme fiquei mais velho, comecei a pensar ‘meu Deus’, especialmente agora que a série está chegando ao fim. É bizarro, porque tive o meu último dia de escola e vai ser igualzinho com ‘Game of Thrones’ quando acabar”.
Aidan Gillen, o Mindinho, falaria só no próximo ano sobre o sentimento de nostalgia, se pudesse. “Não sei, te conto na próxima temporada”, brincou, antes de emendar: “Quando eventualmente acabar, sei que com certeza vou sentir saudade. É melhor ter amado e perdido...”
Jacob Anderson, o Verme Cinzento, foi outro a assumir a tristeza com o fim. “Como fã da série, eu estou muito triste que ela está acabando, vou sentir saudades de assistir. Chegar ao fim de qualquer coisa que você ama é algo difícil. Você não quer dizer adeus a um velho amigo”, contou, notando que, por outro lado, está feliz que a produção não vá se arrastar por anos a fio: “É ruim quando algo nunca acaba e fica pior”.
A opinião é compartilhada por Daniel Portman, o Podrick. “Você não quer as pessoas desejando que tivesse acabado três temporadas atrás. Acho que sempre é mais forte se você consegue deixar as pessoas querendo mais”, afirmou ele, também emocionado com a despedida de “GoT”. “É uma prova de tudo o que aconteceu, com todas as pessoas em todos os departamentos dessa produção, que se importaram em contar a história da forma mais verdadeira e honesta possível. Como qualquer boa história, você se apega aos personagens e às situações. Você quer ver eles vivendo felizes pelo resto de suas vidas”.
*A repórter viajou a convite da HBO
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